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Guerra
16/02/2025 02:00:00

Hamas liberta reféns e alivia temores sobre cessar-fogo

Hamas liberta reféns e alivia temores sobre cessar-fogo

Neste sábado (15/01), o grupo islamista Hamas libertou três reféns israelenses em troca da soltura de 369 prisioneiros palestinos detidos em Israel. A troca, que faz parte do acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza, aliviou os temores de que a trégua estivesse próxima de um colapso. A libertação dos reféns ocorreu em Khan Yunis, no sul de Gaza, onde os israelenses foram exibidos em um palco diante de uma multidão antes de serem entregues à Cruz Vermelha e repatriados.

Detalhes da troca

Os três reféns libertados são Sagui Dekel-Chen (israelense-americano), Sasha Trupanov (israelense-russo) e Yair Horn (israelense-argentino). Eles estavam detidos pelo Hamas desde os ataques terroristas de 7 de outubro de 2023, que deram início ao conflito que já dura 16 meses. Após a libertação, os reféns pediram a continuação das trocas para garantir a liberdade de outros detidos.

Do lado palestino, os prisioneiros libertados foram recebidos por uma multidão em Ramallah, na Cisjordânia, após serem transportados de prisões israelenses. A troca deste sábado foi a última da primeira fase do acordo de cessar-fogo, que prevê três etapas para alcançar uma trégua permanente.

Tensões e pressões

A troca ocorreu após o Hamas ameaçar suspender as libertações devido a supostas violações israelenses do acordo. Por sua vez, Israel ameaçou retomar as operações militares caso os reféns não fossem libertados. A situação gerou preocupações sobre as condições dos detidos, tanto israelenses quanto palestinos. Na semana passada, reféns libertados apareceram em péssimas condições de saúde, enquanto alguns prisioneiros palestinos precisaram ser hospitalizados após a soltura.

Próximos passos

Um oficial do Hamas afirmou que as negociações para a segunda fase do cessar-fogo devem começar na próxima semana. Essa fase visa estabelecer os termos para um fim permanente da guerra. Enquanto isso, o secretário de Estado americano, Marco Rubio, chega a Tel Aviv neste sábado para discutir o cessar-fogo com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu. Os Estados Unidos são um dos principais mediadores do acordo.

Contexto do conflito

Os ataques do Hamas em outubro de 2023 resultaram na morte de mais de 1.200 pessoas em Israel, a maioria civis, e na captura de 251 reféns. Dos reféns, 70 ainda permanecem em Gaza, incluindo 35 que Israel considera mortos. Do lado palestino, os 16 meses de conflito deixaram mais de 48 mil mortos na Faixa de Gaza, segundo o Ministério da Saúde local, administrado pelo Hamas.

Pressão internacional

A trégua também enfrenta pressão internacional, especialmente após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, propor um plano controverso que incluiria a transferência da população de Gaza para o Egito ou a Jordânia. Líderes árabes se reuniram para rejeitar a proposta, e a Arábia Saudita convocou uma reunião com Egito, Jordânia, Catar e Emirados Árabes Unidos para discutir o assunto na próxima quinta-feira.

Apelo por paz

Organizações israelenses, como o Fórum das Famílias de Reféns e Desaparecidos, pediram que as partes aproveitem o momento para garantir um acordo rápido e responsável. A comunidade internacional continua monitorando de perto as negociações, na esperança de que a trégua possa evoluir para uma solução duradoura que ponha fim ao conflito.



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