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Justiça
15/02/2025 21:00:00

Justiça determina afastamento do presidente da AME/AL após denúncias de irregularidades

Justiça determina afastamento do presidente da AME/AL após denúncias de irregularidades

A Justiça alagoana determinou, sob tutela de urgência, o afastamento do presidente da Associação dos Militares do Estado de Alagoas (AME/AL), José Erionaldo da Silva, e de outros membros da diretoria. A decisão foi proferida pela juíza Isabelle Coutinho Dantas Sampaio, da 30ª Vara Cível da Capital, nesta sexta-feira, 14 de fevereiro de 2025.

O afastamento ocorre diante de denúncias de irregularidades financeiras e administrativas dentro da entidade. A ação foi movida por Dennison Alex de Azevedo Silva e André Luís de Almeida Barros, respectivamente vice-presidente e diretor jurídico da AME/AL, que alegaram práticas ilegais na gestão do atual presidente desde o início de seu mandato, em 2023.

**Denúncias de irregularidades**

Segundo a denúncia, a gestão atual não tem transparência na administração dos recursos, com relatos de contratações ilegais e uso indevido do dinheiro da entidade, incluindo depósitos de valores em contas pessoais. Além disso, o irmão do presidente teria sido nomeado para o cargo de advogado antes de obter inscrição na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), recebendo um salário de R$ 20 mil.

A entidade também teria registrado um aumento desproporcional nos honorários advocatícios pagos a familiares de dirigentes. Outra acusação é a falta de repasse de descontos em folha para o plano de saúde dos associados, o que gerou uma dívida de R$ 230.142,80 e a suspensão dos serviços médicos.

**Decisão judicial**

Além do afastamento do presidente, a Justiça determinou o afastamento do presidente do Conselho Fiscal, do diretor financeiro e da diretora administrativa. Com isso, o vice-presidente, Dennison Alex de Azevedo Silva, assumirá interinamente a presidência, conforme previsto no Estatuto da AME/AL.

A decisão judicial também estabelece a realização de uma Assembleia Geral no prazo de 30 dias para deliberar sobre a destituição definitiva dos dirigentes afastados. Eles terão prazo legal para apresentar suas defesas e contestar a decisão.

O Ministério Público foi intimado a se manifestar sobre eventual interesse em acompanhar o caso. A medida judicial visa garantir a apuração das denúncias e a normalização da gestão da entidade, que representa os interesses dos militares do estado de Alagoas.



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