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Acidente
12/02/2025 22:00:00

Ministro da Defesa Assegura que “Não Havia Ninguém Armado” no 8 de Janeiro e Defende Anistia

Ministro da Defesa Assegura que “Não Havia Ninguém Armado” no 8 de Janeiro e Defende Anistia

José Múcio, ministro da Defesa, afirmou que, durante os atos de 8 de janeiro contra os Três Poderes, não foram identificadas pessoas armadas nem líderes no movimento. Em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, ele também abordou o Projeto de Lei da Anistia, defendendo uma dosimetria nas penas e ressaltando que a decisão sobre o perdão aos envolvidos cabe ao Congresso Nacional.

Declarações sobre os Eventos de 8 de Janeiro

O ministro descreveu os acontecimentos como desorganizados e afirmou não ter visto armas ou lideranças entre os manifestantes.

“Não havia um chefe, não havia ninguém armado, alguém com quem se pudesse dialogar. Não vi uma arma. Posso afirmar que quem organizou aquilo desistiu, não apareceu, e o que ficou foi aquele quebra-quebra todo”, declarou.

Ele ainda mencionou que o período posterior aos ataques foi um dos mais difíceis de sua gestão:

“Do dia 8 [de janeiro] até abril, eu me senti órfão. A direita estava ‘zangadíssima’ porque os militares não aderiram ao golpe, e a esquerda achava que os militares tinham articulado o golpe. Na verdade, devemos a eles o fato de que ele não aconteceu.”

Debate sobre o PL da Anistia

José Múcio comentou o Projeto de Lei da Anistia, que busca perdoar os investigados por participação nos atos de 8 de janeiro. O ministro defendeu um julgamento proporcional, diferenciando o grau de envolvimento de cada participante:

“Deveria haver uma dosimetria. Algumas pessoas apenas quebraram objetos, enquanto outras organizaram o movimento. Se for comprovado que alguém armou um golpe, que essa pessoa pague. […] Não se pode aplicar a mesma pena a quem financiou, organizou e a quem apenas esteve presente para inflar o protesto.”

Ele destacou que a decisão sobre a anistia cabe ao Congresso Nacional e aguarda a conclusão das investigações para determinar os verdadeiros responsáveis:

“Somente com os inquéritos concluídos deixaremos de lado conjecturas e achismos para identificar os culpados. Se houver evidências de um golpe, elas aparecerão nas investigações. Se não foi um golpe, então tratou-se de um grupo de vândalos financiado por empresários irresponsáveis.”

Golpe ou Vandalismo?

O ministro finalizou sua fala reforçando a necessidade de distinguir entre uma tentativa de golpe e um ato de desordem:

“Se não foi um golpe, foi um grupo de baderneiros patrocinado por empresários irresponsáveis que acreditaram que rasgar quadros, derrubar estátuas e quebrar relógios configurava um movimento político.”

 



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