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12/02/2025 14:00:00

Estimulação elétrica transcraniana melhora equilíbrio em pacientes com Parkinson

Estudo conduzido na Unesp aponta redução do risco de quedas com técnica não invasiva

Estimulação elétrica transcraniana melhora equilíbrio em pacientes com Parkinson

Uma pesquisa realizada na Universidade Estadual Paulista (Unesp), em Presidente Prudente, revelou que oito sessões de estimulação elétrica transcraniana (tDCS) podem melhorar a resposta postural em pessoas com doença de Parkinson, reduzindo o risco de quedas. O estudo foi publicado na revista Gait & Posture e demonstrou que os benefícios se mantiveram até um mês após o tratamento.

A técnica consiste em aplicar uma corrente elétrica de baixa intensidade no cérebro para modular sua atividade. Já utilizada em casos de depressão e recuperação neurológica, como após um acidente vascular cerebral (AVC), a tDCS ainda não possui um protocolo clínico definido para o Parkinson.

O coordenador do estudo, Victor Beretta, explica que a técnica favorece a automaticidade do controle postural, algo essencial para pacientes que perdem a capacidade de realizar atividades automáticas, como caminhar ou reagir a desequilíbrios.

Como foi feito o estudo

A pesquisa envolveu 22 voluntários diagnosticados com Parkinson. A estimulação foi aplicada sobre o córtex motor primário, área responsável pelo controle do movimento e da postura. Os participantes passaram por testes em uma plataforma móvel, que simulava desequilíbrios do cotidiano.

Os resultados indicaram que a estimulação elétrica reduziu o tempo de resposta muscular e a atividade do córtex pré-frontal, facilitando reações automáticas ao desequilíbrio. Isso sugere que a técnica pode ser um tratamento complementar para melhorar a estabilidade postural dos pacientes.

Potencial do tratamento

Ainda não há cura para o Parkinson, e os tratamentos atuais focam em minimizar a deficiência de dopamina, neurotransmissor que deixa de ser produzido pelos neurônios da pessoa com a doença. A instabilidade postural é um dos sintomas que mais impactam a qualidade de vida, tornando a descoberta relevante para novos tratamentos.

O estudo abre caminho para futuras pesquisas que possam consolidar a estimulação elétrica transcraniana como um método eficaz para ajudar pacientes com Parkinson a manter a mobilidade e reduzir o risco de quedas.



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