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11/02/2025 12:19:00

Pão e café ficam mais caros em 2025 e tendência é de novos aumentos

Especialista aponta que fatores climáticos, demanda elevada e câmbio impactam os preços

Pão e café ficam mais caros em 2025 e tendência é de novos aumentos

O tradicional pão francês, item essencial no café da manhã dos brasileiros, continua a subir de preço. Em um ano, o valor do pãozinho aumentou em 16 capitais do país, segundo levantamento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

A alta também atingiu o café, tornando a combinação matinal dos brasileiros ainda mais cara. O preço do quilo do pão francês subiu em 14 capitais analisadas, com destaque para João Pessoa, onde o aumento foi superior a 2%. Já o café ficou mais caro em todas as cidades pesquisadas, sendo que Goiânia registrou a maior alta, de 23%.

Clima, demanda e câmbio impulsionam os aumentos

Segundo o economista Renan Pieri, o preço do café vem subindo desde 2020 e pode não ser apenas uma questão momentânea, mas sim estrutural. “Está chovendo menos no Brasil, o que afeta diretamente a produção”, explica o especialista.

Além do impacto climático, a demanda aquecida tanto no mercado interno quanto no exterior e a valorização do dólar também influenciam os preços.

Inflação dos alimentos continua pressionando orçamento das famílias

Os aumentos não se limitam ao pão e ao café. A cesta básica ficou mais cara em 13 capitais no mês de janeiro, reforçando a preocupação com a inflação dos alimentos, que foi um dos principais fatores de alta dos preços em 2024.

A expectativa para 2025 é que os preços continuem subindo, mas em um ritmo menor. “Em geral, esperamos que os aumentos sejam menos intensos ao longo do ano”, prevê Pieri.

Padarias tentam evitar repasses aos consumidores

Com o custo dos alimentos pesando cada vez mais no orçamento das famílias, especialmente as de menor renda, comerciantes buscam alternativas para evitar repassar integralmente os reajustes aos clientes.

Acácio Mendonça, gerente de uma padaria na zona sul de São Paulo, explica que a estratégia é buscar fornecedores mais baratos para manter os preços acessíveis. “Precisamos encontrar formas de comprar com melhor custo-benefício, senão fica muito difícil para os consumidores”, afirma.



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