A decisão da Petrobras de reduzir os dias de home office dos funcionários gerou um impasse com a categoria, resultando em manifestações e na instauração de "estado de greve" pela Federação Única dos Petroleiros (FUP).
A mudança, anunciada em 9 de janeiro, prevê que a carga de trabalho presencial aumente de dois para três dias por semana, reduzindo os dias de teletrabalho de três para dois. A única exceção será para pessoas com deficiência (PCDs) e pais de PCDs. A medida começaria a valer a partir de 7 de abril para empregados sem função gratificada e em 10 de março para aqueles com funções.
Os funcionários classificaram a decisão como "unilateral" e cobraram negociação coletiva. A Petrobras justificou que essa escala já vinha sendo aplicada para gerentes desde setembro de 2024.
Diante da insatisfação, a Petrobras e a FUP agendaram uma reunião para esta sexta-feira (7), às 10h, para discutir a questão. O encontro foi adiado anteriormente devido a uma manifestação realizada em frente à sede da empresa, no Rio de Janeiro.
O movimento sindical exige que as regras sobre o teletrabalho sejam estabelecidas por meio de negociações coletivas, garantindo direitos e condições justas para os trabalhadores. Além disso, reivindicam a inclusão de uma cláusula no Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) para regulamentar a questão.
A FUP reforçou a necessidade de manter a mobilização da categoria para conquistar avanços nas negociações e impedir retrocessos no modelo de trabalho remoto na estatal.