Motoristas que costumam reduzir a velocidade apenas antes dos radares para evitar multas precisam ficar atentos. Uma nova tecnologia de fiscalização, ainda em fase experimental, está sendo testada em cidades como Curitiba (PR), municípios de Minas Gerais e no interior de São Paulo.
Diferente dos radares convencionais, que utilizam sensores no asfalto para medir a velocidade dos veículos, esse novo sistema funciona com ondas eletromagnéticas e o chamado efeito Doppler. Essa tecnologia permite detectar a velocidade de um veículo até 50 metros após sua passagem pelo radar. Ou seja, se o motorista acelerar logo após o equipamento, ainda assim poderá ser flagrado e autuado.
Além da fiscalização de velocidade, esses radares avançados também identificam infrações como mudança irregular de faixa e avanço de sinal vermelho. Com isso, os condutores são incentivados a manter o respeito aos limites da via por um trecho maior, e não apenas no ponto exato do radar.
Herick Dal Gobbo, coordenador da Unidade de Monitoramento por Dispositivos Eletrônicos da Secretaria Municipal de Defesa Social e Trânsito de Curitiba, destacou que a tendência é que essa tecnologia se espalhe para mais cidades do país. Segundo ele, além de tornar a fiscalização mais eficaz, os radares com efeito Doppler exigem menos manutenção corretiva, o que representa um benefício operacional para os municípios.
Todos os equipamentos desse tipo estão devidamente homologados por portaria do Inmetro e são aferidos periodicamente conforme as resoluções do Conselho Nacional de Trânsito (Contran).