A Secretaria de Estado da Saúde de Alagoas (Sesau) emitiu um alerta para a população sobre medidas preventivas contra acidentes com animais peçonhentos, após o registro de casos suspeitos envolvendo a aranha-marrom, espécie rara na região. Entre agosto de 2024 e janeiro de 2025, cinco pacientes foram hospitalizados com indícios de ataque dessa aranha, sendo que dois deles não resistiram e faleceram em Maceió.
Os casos suspeitos foram registrados na capital e envolveram até mesmo um paciente de Pernambuco atendido em Alagoas. Os principais sintomas apresentados pelas vítimas incluíram dor intensa, edema, equimose e necrose na região da picada.
No balanço de 2024 sobre acidentes com animais peçonhentos no estado, os escorpiões foram responsáveis pelo maior número de ocorrências, com 13.039 registros. Em seguida, destacaram-se picadas de abelhas (1.327), serpentes (457), aranhas (210), lagartas (125) e outros animais venenosos (746).
A superintendente de Vigilância e Controle de Doenças Transmissíveis da Sesau, Waldineia Silva, afirmou que ainda não há confirmação oficial da presença da aranha-marrom em Alagoas, mas recomendou cuidados, como manter quintais e jardins limpos, evitar folhagens densas próximas às casas e não colocar as mãos em buracos, pedras e troncos.
Para casos de acidentes, o estado dispõe de 14 unidades de saúde com o soro antiaracnídico, distribuídas pelas 10 Regiões de Saúde. Em Maceió, o atendimento especializado está disponível no Hospital Escola Dr. Helvio Auto (HEHA) e nas UPAs do Jacintinho e do Tabuleiro do Martins. O assessor técnico da Sesau, Clarício Bugarim, reforçou a importância de buscar atendimento médico imediato e, se possível, registrar uma foto do animal para auxiliar no diagnóstico.
Além das recomendações à população, a Sesau emitiu uma nota de alerta para os municípios, orientando a notificação de qualquer caso suspeito ou confirmado em até 24 horas. A vigilância deve ser intensificada, com ações educativas e divulgação de medidas preventivas, além do registro obrigatório no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), do Ministério da Saúde.