O câncer de intestino é um dos tipos mais frequentes da doença no Brasil, mas seus sinais iniciais podem ser sutis e difíceis de perceber. Alterações nos hábitos intestinais, como episódios de diarreia ou prisão de ventre, além de dores abdominais, podem estar relacionados ao problema. No entanto, há outros sintomas menos óbvios que merecem atenção, como a anemia, que pode ser um indicativo precoce da presença de um tumor.
A anemia ocorre quando há uma redução no número de glóbulos vermelhos no sangue, e pode ser um sintoma de sangramentos internos causados por um tumor intestinal. Muitas pessoas ignoram esse sinal porque os sintomas da anemia, como fadiga intensa, falta de ar, palpitações e palidez da pele, costumam ser atribuídos a outras causas. No entanto, a persistência desse quadro deve ser investigada, especialmente se houver histórico familiar de câncer de intestino ou outros fatores de risco associados.
A melhor forma de combater o câncer de intestino é por meio da prevenção e do diagnóstico precoce. O Ministério da Saúde recomenda que todas as pessoas a partir dos 50 anos realizem exames regulares, como a pesquisa de sangue oculto nas fezes e a colonoscopia. Para aqueles com histórico familiar da doença, o rastreamento deve começar mais cedo. Esses exames são fundamentais para detectar pólipos intestinais que, se não removidos, podem evoluir para um tumor maligno.
A colonoscopia é o método mais eficiente para avaliar o intestino grosso e o reto, permitindo a detecção de lesões pré-cancerígenas e sua remoção antes que se tornem um problema mais grave. Já a pesquisa de sangue oculto nas fezes é um exame simples, capaz de identificar sangramentos microscópicos que podem ser indicativos de câncer.
Pesquisas recentes indicam que medicamentos anti-inflamatórios podem ter um papel importante na prevenção do câncer de intestino. Essas substâncias ajudam a reduzir inflamações crônicas no organismo, condição associada ao desenvolvimento de tumores intestinais. Estudos ainda estão em andamento para comprovar os efeitos protetores desses medicamentos, mas os primeiros resultados são promissores.
Manter um estilo de vida saudável, com alimentação equilibrada, prática regular de exercícios e acompanhamento médico, continua sendo a melhor forma de reduzir os riscos de desenvolver câncer de intestino. O diagnóstico precoce aumenta significativamente as chances de tratamento bem-sucedido, reforçando a importância de exames preventivos regulares.