O presidente da Rússia, Vladimir Putin, voltou a declarar que está aberto a negociações de paz, mas reafirmou que não aceitará um encontro direto com o líder ucraniano, Volodymyr Zelensky. Putin argumenta que Zelensky não tem legitimidade para assinar acordos, uma vez que seu mandato teria expirado em maio de 2024, com o adiamento das eleições devido à lei marcial vigente desde a invasão russa em fevereiro de 2022.
Em resposta, Zelensky acusou Putin de evitar um acordo de paz, alegando que o presidente russo busca prolongar o conflito. Ele reforçou que, segundo a Constituição da Ucrânia, seu mandato segue válido até a realização de novas eleições.
O governo ucraniano aposta na pressão dos Estados Unidos para forçar Moscou a negociar. O presidente Donald Trump ameaçou impor sanções e tarifas pesadas sobre produtos russos caso Putin não aceite o diálogo. Em uma publicação no Truth Social, Trump afirmou:
"Se não fizermos um acordo, não terei escolha a não ser aplicar altos impostos e sanções em tudo que a Rússia vender aos Estados Unidos e a outros países."
A postura de Trump, que antes tecia elogios a Putin e criticava o apoio dos EUA à Ucrânia, tem gerado insegurança entre os aliados de Kiev sobre qual será sua real estratégia para o conflito.
O Kremlin minimizou as ameaças do presidente americano, afirmando que não há novidades nas declarações.
Enquanto a guerra se arrasta, a Ucrânia enfrenta dificuldades para conter o avanço russo. O exército de Putin tem conquistado territórios estratégicos, enquanto as forças ucranianas lutam com escassez de recursos e efetivo militar.
A questão da mobilização de novos soldados tem sido um desafio para Kiev. Embora houvesse discussões sobre a redução da idade mínima para o recrutamento, Zelensky tem resistido a essa medida, tentando equilibrar as demandas militares e a opinião pública.
A guerra segue sem uma perspectiva clara de resolução, com Putin impondo suas condições para negociações e a Ucrânia buscando apoio internacional para fortalecer sua posição.