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Comportamento
30/01/2025 12:00:00

Estudo revela que adolescentes têm dificuldade em distinguir entre real e falso na era da IA

Estudo revela que adolescentes têm dificuldade em distinguir entre real e falso na era da IA

Um estudo divulgado nesta quarta-feira (29) pela Common Sense Media revelou que adolescentes entre 13 e 18 anos estão cada vez mais desconfiados do conteúdo que consomem online. Com o avanço da inteligência artificial (IA), muitos jovens relatam dificuldades para distinguir o que é real do que é manipulado digitalmente.

Principais descobertas do estudo:

  • 35% dos adolescentes afirmam já ter sido enganados por conteúdo falso online.
  • 22% confessam que compartilharam informações que depois descobriram ser falsas.
  • 28% já duvidaram se estavam interagindo com um chatbot ou um ser humano.
  • 72% passaram a avaliar com mais cautela a precisão das informações online após contato com conteúdo enganoso.
  • 35% acreditam que a IA generativa tornará ainda mais difícil confiar na veracidade das informações na internet.

Desconfiança nas empresas de tecnologia

O estudo também aponta uma falta de confiança dos jovens em relação às empresas de tecnologia:

  • 64% dos adolescentes acreditam que as big techs não se preocupam com seu bem-estar.
  • 62% dizem que as empresas priorizam lucros em vez da segurança dos usuários.
  • 53% têm baixa confiança de que as empresas tomam decisões éticas e responsáveis sobre o uso da tecnologia.
  • 47% não acreditam que as empresas agirão de forma responsável ao integrar IA em seus produtos.

IA generativa e riscos no ambiente escolar

A pesquisa revelou que 39% dos adolescentes que usaram IA generativa para trabalhos escolares encontraram imprecisões nas respostas fornecidas pela ferramenta. Como resultado, 73% defendem que conteúdos gerados por IA sejam claramente rotulados ou tenham marca d'água para diferenciar do conteúdo humano.

Chamado para mais transparência e proteção online

James P. Steyer, CEO da Common Sense Media, destacou a necessidade de regulamentação e transparência no uso da inteligência artificial.

“Os jovens americanos são claramente céticos em relação às empresas de tecnologia e não confiam nelas para proteger seu bem-estar ou tomar decisões éticas sobre IA. Precisamos de ações coordenadas de formuladores de políticas, educadores, pais e os próprios jovens para pressionar as big techs a criar um mundo digital que realmente proteja a juventude.”

Com o avanço da IA, o estudo reforça a importância de medidas de segurança digital, educação midiática e maior transparência na utilização de tecnologias emergentes.



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