Na tarde desta sexta-feira (24), São Paulo entrou em estado de atenção devido a intensas chuvas que provocaram alagamentos em diversas regiões da cidade. Por volta das 16h, surgiram os primeiros registros de enchentes, com carros presos e grande volume de água, especialmente na zona Norte, onde até uma estação da linha 2 do Metrô foi alagada.
Na zona Oeste, o famoso Beco do Batman foi transformado em um rio com correnteza forte. Já entre as zonas Norte e Leste, ocorreram vários pontos de alagamento. Na zona Norte, parte do teto do Shopping Center Norte chegou a desabar. Apesar dos danos materiais, não houve relatos de vítimas até o momento.
Os bombeiros registraram dois desabamentos na região metropolitana e atenderam 20 chamados relacionados a alagamentos. O Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE-SP) confirmou 10 pontos de alagamento intransitáveis. O estado de atenção foi mantido até as 17h35.
De acordo com o CGE, as chuvas intensas foram resultado da combinação de brisa marítima, calor e alta umidade. Apesar da força inicial, as precipitações perderam intensidade, e não há previsão de novos temporais nas próximas horas. Ventos fortes também foram registrados, com picos de 70,4 km/h no Aeroporto de Guarulhos. As regiões da Vila Maria/Vila Guilherme receberam 104,4 mm de chuva, enquanto na Vila Madalena o volume foi de 90 mm. O sistema Saisp apontou que oito rios transbordaram durante a tarde.
As chuvas afetaram o transporte público. Linhas 10, 11 e 13 da CPTM operam parcialmente, enquanto a linha 12-Safira permanece paralisada desde as 16h. As linhas 1 e 2 do Metrô também enfrentaram problemas, incluindo a estação Jardim São Paulo – Ayrton Senna, que teve áreas alagadas, causando interrupções no trecho até a estação Tucuruvi.
Por outro lado, os aeroportos não reportaram impactos significativos.
A Defesa Civil emitiu um alerta severo às 15h por meio de mensagens de cell broadcast enviadas a celulares conectados às redes 5G da cidade. Este foi o primeiro alerta desse tipo na capital e o 19º no estado. A mensagem alertava para os riscos de alagamento e orientava a população a buscar locais seguros. A Anatel regula esses alertas, que podem ser classificados como extremos ou severos, dependendo da gravidade definida pela Defesa Civil.