Vereador propõe declarar Haddad persona non grata em São Paulo

O vereador Rubinho Nunes (União Brasil) apresentou na Câmara Municipal de São Paulo um projeto de decreto legislativo que declara o ministro da Fazenda e ex-prefeito da capital, Fernando Haddad (PT), como "persona non grata" no município.

Conhecido por seu posicionamento anti-esquerda, Nunes justificou a proposta afirmando que ela "reflete o sentimento dos paulistanos em relação ao petista", a quem atribui "inúmeros retrocessos" tanto durante sua gestão como prefeito (2013-2016) quanto como ministro da Fazenda no governo Lula.

Entre as críticas listadas pelo vereador estão as ciclovias implementadas por Haddad, que, segundo ele, "foram instaladas de forma forçada em avenidas movimentadas, colocando em risco a vida dos paulistanos". Ele também atacou o programa "Braços Abertos", voltado à redução de danos na Cracolândia, chamando-o de "bolsa crack", uma retórica frequentemente usada por setores da direita para criticar a política pública.

Rubinho Nunes também mencionou medidas adotadas por Haddad como ministro da Fazenda, como a chamada "taxa das blusinhas" e o monitoramento de transações via PIX, que geraram polêmica nacionalmente. "Haddad foi o pior prefeito da história de São Paulo e o pior ministro da Fazenda do Brasil. Sua sede por impostos tem destruído milhões de lares brasileiros", declarou o vereador.

Rubinho Nunes, eleito em 2020, já esteve envolvido em diversas controvérsias. Ele foi investigado por apresentar CPIs que miraram ONGs que atuam na Cracolândia, incluindo iniciativas relacionadas ao trabalho do padre Júlio Lancellotti, conhecido por sua atuação junto à população em situação de rua. Além disso, Nunes perdeu apoio dentro do partido após apoiar Pablo Marçal (PRTB) nas eleições de 2024, contrariando sua própria legenda, que integra a base do prefeito Ricardo Nunes (MDB).

A proposta ainda será analisada pela Câmara Municipal.