Nesta terça-feira (21), o Grupo Vita, criado pela Igreja Católica para monitorar e tratar casos de abusos sexuais dentro da instituição, apresentou seu terceiro relatório de atividades. Os dados revelam que, desde a criação do grupo, foram recebidas 118 denúncias e 61 pedidos de reparação financeira. A investigação aponta que os abusos remontam a décadas passadas, com casos identificados desde os anos 1960.
Casos em Bolzano Brixen e expansão da investigação
Na diocese de Bolzano Brixen, no norte da Itália, foram levantados 67 casos de abusos sexuais. Com base nesses números, as investigações agora cobrem todo o período desde a criação da diocese, em 1964.
Processo de denúncias e reparações
O Grupo Vita continua recebendo denúncias, que podem ser apresentadas até 31 de março deste ano. Além disso, as comissões diocesanas de Proteção de Menores e Adultos Vulneráveis também estão disponíveis para receber os relatos. Após a submissão, as denúncias passam por uma comissão de avaliação, que determinará os valores das compensações a serem atribuídas às vítimas.
Prazo para indenizações
Os bispos italianos estimam que os processos de indenizações sejam concluídos até o final de 2025. Enquanto isso, o grupo mantém aberta a possibilidade de novas denúncias, reforçando o compromisso de investigar e reparar os danos causados.
A divulgação desse relatório é um passo significativo no esforço de transparência e reparação por parte da Igreja Católica, ao mesmo tempo que destaca a profundidade e a extensão do problema ao longo das décadas.