No dia 26 de dezembro de 2024, o tsunami que devastou o Oceano Índico em 2004 completou 20 anos. O desastre, conhecido como o Tsunami Asiático, resultou em cerca de 230 mil mortes e afetou 14 países, deixando marcas profundas na história e na forma como o mundo enxerga os riscos naturais. Foi um evento que não apenas revelou a fragilidade humana diante da força da natureza, mas também promoveu uma reflexão global sobre preparação e resiliência.
Um marco global na gestão de desastres
Philemon Yang, presidente da Assembleia Geral, destacou o tsunami como o primeiro desastre global do século 21, reforçando a necessidade de proteger as futuras gerações dos impactos de tragédias naturais. Ele ressaltou que medidas preventivas e de resiliência precisam ser incorporadas aos planos de desenvolvimento.
Kamal Kishore, representante especial da ONU para Redução de Riscos de Desastres, afirmou que o tsunami de 2004 foi um divisor de águas, trazendo à tona a interconexão entre as sociedades modernas. Como exemplo, ele mencionou a Suécia, que enfrentou um número significativo de mortes, destacando lacunas no gerenciamento de riscos globais. O desastre foi também uma lição sobre a capacidade humana de cooperação e solidariedade, levando à criação de sistemas globais de alerta.
Sistema de Alerta de Tsunami do Oceano Índico
Após o tsunami, a comunidade internacional uniu esforços para estabelecer um sistema de alerta precoce, coordenado pela Unesco, em apenas 18 meses. Essa colaboração incluiu nações do Sul Global, como Índia e Indonésia, e outros países como Japão, Austrália e Estados Unidos. Kishore enfatiza que esses sistemas devem ser continuamente atualizados e testados para garantir eficácia, reafirmando a importância da iniciativa "Alertas Antecipados para Todos", que busca cobrir múltiplos riscos até 2027.
Uma lição de solidariedade e prevenção
O tsunami de 2004 não apenas deixou um legado de perdas, mas também de aprendizados sobre a importância de sistemas de alerta, cooperação internacional e preparação comunitária. A tragédia mostrou que, diante de desafios imensos, a humanidade pode responder com união e empatia, reforçando o compromisso global com a prevenção de desastres futuros.
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