O Vaticano aprovou novas diretrizes que permitem a ordenação de homens homossexuais como padres, desde que sigam o voto de celibato. A decisão revoga uma norma anterior que barrava seminaristas com “tendências homossexuais profundas” e é vista como mais um gesto do papa Francisco em direção à inclusão da comunidade LGBTQIA+. Apesar disso, a Igreja Católica mantém sua posição de não reconhecer o casamento entre pessoas do mesmo sexo.
De acordo com as orientações disponíveis no site da Conferência Episcopal Italiana (CEI), a orientação sexual dos candidatos será considerada apenas como um dos aspectos na avaliação para o sacerdócio. As novas normas, que entraram em vigor em novembro, serão revisadas dentro de três anos.
Essa medida reflete a postura mais inclusiva do papa Francisco, embora ele tenha se envolvido em polêmicas sobre o tema, incluindo declarações passadas que criticavam a presença de gays em seminários. Em janeiro de 2023, o pontífice declarou que a homossexualidade não é crime, mas, sim, pecado, pedindo a revogação de leis que criminalizam a orientação sexual e apelando por maior compaixão e entendimento entre os bispos.