Na noite de sábado (11), o Consulado Geral da Venezuela em Lisboa foi atacado por um engenho explosivo, identificado como uma espécie de "coquetel molotov". O incidente ocorreu por volta das 22h e causou danos materiais no edifício, sem deixar feridos. A Polícia de Segurança Pública (PSP) realizou a segurança do local, acionou os bombeiros e encaminhou o caso à Polícia Judiciária, que investiga o ocorrido.
O ministro venezuelano dos Negócios Estrangeiros, Yván Gil, classificou o ataque como um ato fascista e destacou que "agressões irracionais não irão reverter os avanços da Revolução Bolivariana". Ele também elogiou a rápida intervenção das autoridades portuguesas e pediu uma resolução ágil do caso.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros de Portugal condenou o ataque, classificando-o como "intolerável", e anunciou o reforço da segurança na representação diplomática venezuelana.
O ataque ocorre em meio a crescentes tensões políticas envolvendo a Venezuela, onde Nicolás Maduro tomou posse para mais um mandato de seis anos, enfrentando acusações de fraude eleitoral e aumento do isolamento internacional. Líderes da oposição, como Edmundo González e María Corina Machado, afirmam que houve um golpe de Estado.
Enquanto isso, Maduro intensificou alianças com países como Cuba, Nicarágua, Rússia, e China, e declarou estar preparado para usar força militar caso necessário para manter o poder. Ele também ordenou o fechamento de fronteiras com a Colômbia e o Brasil, aumentando o isolamento do país.
A possibilidade de uma intervenção internacional foi mencionada por ex-presidentes colombianos e começa a ganhar atenção em debates regionais, elevando o clima de incerteza na América Latina.