O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) aguarda o laudo médico para confirmar a morte de mais uma vítima do ataque ocorrido no assentamento Olga Benário, em Tremembé, na noite de ontem (10). Inicialmente, o MST informou o falecimento de um homem atingido por disparos na cabeça, que estava internado em coma induzido no Hospital Regional de Taubaté. No entanto, a unidade de saúde ainda não confirmou oficialmente a morte.
O ataque já resultou em duas mortes confirmadas: Valdir do Nascimento, conhecido como Valdirzão, uma liderança do MST, e Gleison Barbosa de Carvalho, de 28 anos. Além disso, outras cinco pessoas ficaram feridas no atentado, que ocorreu em um cenário de violência extrema.
De acordo com o boletim de ocorrência, um grupo armado chegou ao local em cinco carros e três motos, disparando contra os moradores do assentamento. A suspeita inicial da polícia é de que o ataque tenha sido motivado por disputas de terras.
Ao chegarem ao local, os policiais relataram encontrar marcas de sangue por toda parte. Objetos como enxadas, facas e cápsulas deflagradas de armas de fogo foram recolhidos como possíveis evidências.
A polícia identificou dois suspeitos de envolvimento no ataque. Um dos atiradores seria morador de um bairro vizinho, conhecido como Maracaibo. A investigação avança, e a polícia trabalha para localizar e prender os responsáveis pelo crime.
O MST manifestou indignação com o ocorrido e destacou a urgência de medidas para proteger os moradores de assentamentos rurais. O movimento também reforçou o apelo por justiça e segurança diante de um cenário de violência crescente em áreas de disputa agrária.
Este ataque reflete as tensões e os riscos enfrentados por comunidades que lutam por terra e reforma agrária no Brasil. Enquanto a investigação continua, a situação evidencia a necessidade de ações governamentais mais enérgicas para garantir a segurança dessas populações.