A região do Agreste alagoano, especialmente o município de Arapiraca, enfrenta uma estiagem severa e temperaturas elevadas, variando entre 32 e 36 graus, comprometendo significativamente as safras de mandioca, abacaxi e outras culturas locais. O clima quente, somado a cinco meses sem chuvas, está impactando gravemente o meio rural, que anteriormente estava habituado a temperaturas máximas de 30 graus.
A baixa umidade no solo está inviabilizando o desenvolvimento adequado das lavouras, que dependem de chuvas regulares desde a semeadura até o crescimento pleno das plantas. A ausência de precipitações previstas para dezembro intensificou a preocupação entre os agricultores, que agora enfrentam perdas expressivas.
Além disso, a praga do ácaro rajado agrava a situação da mandioca, sendo uma das principais ameaças à cultura na região.
O engenheiro-agrônomo e secretário-adjunto de Desenvolvimento Rural de Arapiraca, Josimar da Silva, alerta para a necessidade de estratégias que mitiguem os efeitos do clima e pragas nas lavouras. Entre as sugestões está o manejo adequado das culturas e o uso de tecnologias que possam minimizar os prejuízos, mas ele reforça a importância das chuvas para o sucesso agrícola da região.
A estiagem e os problemas fitossanitários colocam os produtores locais em uma posição de incerteza quanto ao rendimento das colheitas, exigindo ações coordenadas entre agricultores e órgãos públicos para minimizar os impactos econômicos e sociais na região.