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A crise de saúde em Gaza atingiu proporções alarmantes, com apenas 16 dos 36 hospitais ainda parcialmente operacionais, oferecendo pouco mais de 1,8 mil leitos – insuficientes para atender às necessidades da região. Desde outubro de 2023, mais de 7% da população foi morta ou ferida, e 25% dos 105 mil feridos enfrentam lesões que alteram suas vidas.
Sistema em colapso
Durante uma reunião do Conselho de Segurança, o Dr. Rik Peeperkorn, da OMS, descreveu a devastação do sistema de saúde de Gaza. Ele alertou que evacuar pacientes gravemente doentes para tratamento levaria até dez anos no ritmo atual. Mais de 12 mil pessoas aguardam tratamento urgente no exterior.
A destruição do Hospital Kamal Adwan e o colapso do Hospital Al-Awda no norte de Gaza simbolizam o desmantelamento sistemático do setor de saúde, agravado pela falta de medicamentos, equipamentos e pessoal. Segundo o Alto Comissário da ONU, Volker Türk, esses ataques representam uma "catástrofe de direitos humanos" em andamento.
Profissionais de saúde sob risco
Desde o início do conflito, mais de mil profissionais de saúde perderam a vida. Apesar dos riscos, muitos continuam a atender pacientes, mostrando coragem diante da violência constante. A Dra. Tanya Haj-Hassan, da ONG Medical Aid for Palestinians, afirmou que esses trabalhadores são alvos diretos, mas seguem comprometidos com sua missão.
Chamados à ação
A OMS e líderes da ONU pedem maior apoio humanitário, evacuações aceleradas e respeito ao direito internacional para proteger os serviços de saúde. Desde outubro de 2023, foram verificados 654 ataques a instalações de saúde, com quase 900 mortes e mais de 1.300 feridos.
Esperança em meio à destruição
Apesar da devastação, esforços para restaurar instalações como o Complexo Médico Al-Shifa oferecem um vislumbre de esperança. No entanto, especialistas alertam que, sem um cessar-fogo e garantias de proteção, o sistema de saúde de Gaza continuará à beira do colapso.
