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Acidente
06/01/2025 19:00:00

Soldado Israelense Deixa o Brasil Após Justiça Pedir Investigação por Supostos Crimes de Guerra


Soldado Israelense Deixa o Brasil Após Justiça Pedir Investigação por Supostos Crimes de Guerra

Um soldado das Forças de Defesa de Israel (IDF) deixou o Brasil neste domingo (5), após a Justiça Federal determinar a investigação de sua participação em supostos crimes de guerra cometidos na Faixa de Gaza em novembro de 2024. O militar, que estava de férias no Brasil, embarcou para a Argentina antes da emissão de qualquer mandado de prisão, segundo informações de sua família e da emissora israelense Kan.

A decisão judicial, emitida em 30 de dezembro pela juíza Raquel Soares Charelli, foi baseada em uma denúncia apresentada pela Fundação Hind Rajab (HRF), uma organização que defende os direitos palestinos. A acusação aponta que o soldado teria participado de uma operação que resultou na demolição de um quarteirão residencial em Gaza, onde viviam palestinos deslocados.

Controvérsias sobre as Evidências
A HRF apresentou provas coletadas de fontes abertas para embasar o pedido de investigação, incluindo a prisão preventiva do soldado, alegando risco de fuga e destruição de provas. Entretanto, o Ministério Público Federal (MPF) considerou as evidências insuficientes para estabelecer um vínculo direto entre o militar e os atos imputados.

A decisão da Justiça baseia-se no Estatuto de Roma, tratado que concede jurisdição universal para crimes de guerra e do qual o Brasil é signatário. O escritório diplomático de Israel no Brasil foi informado sobre o caso e destacou que não há provas concretas contra o soldado.

Críticas à HRF
A StandWithUs Brasil, organização que combate o antissemitismo, questionou a legitimidade da HRF, alegando que seus líderes têm histórico de apoio a grupos como Hamas e Hezbollah. Em nota, a entidade afirmou que a denúncia é politicamente motivada e baseada em evidências frágeis. A StandWithUs destacou ainda que não há precedentes de prisões internacionais similares contra cidadãos israelenses baseadas em ações dessa natureza.

O caso gerou debates sobre a aplicação da jurisdição universal e o uso do sistema jurídico para lidar com acusações envolvendo conflitos internacionais. As investigações seguem sem previsão de novas etapas divulgadas.



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