A Ucrânia realizou um ataque surpresa na região russa de Kursk, destacando que a Rússia está "recebendo o que merece". O chefe do Centro Ucraniano de Combate à Desinformação, Andrii Kovalenko, confirmou que forças ucranianas lançaram ofensivas contra tropas russas em diversos pontos da região.
Resposta russa e contexto do ataque
De acordo com o Ministério da Defesa russo, os ataques ucranianos foram repelidos. Uma incursão com tanques e veículos blindados próximo à vila de Berdin, a 15 km da fronteira, foi mencionada como uma das ações frustradas. Autoridades ucranianas e russas divergem sobre os relatos, e a CNN não pôde verificar as informações diretamente.
O ataque em Kursk é significativo, sendo a primeira incursão terrestre em território russo desde a Segunda Guerra Mundial. As tropas ucranianas ocuparam partes da região desde agosto de 2024, apesar de esforços conjuntos de forças russas e norte-coreanas para expulsá-las.
Relatos de blogueiros russos e avanços ucranianos
Blogs militares russos reconheceram a ofensiva, indicando avanços ucranianos ao norte em direção a Berdin. A luta foi intensificada com o uso de sistemas de guerra eletrônica e combates com armamentos leves e tanques. O solo congelado facilitou as ações, mas analistas russos consideram improvável que os ataques sejam sustentáveis a longo prazo.
Militares norte-coreanos e cenário estratégico
A presença de cerca de 11 mil soldados norte-coreanos na região de Kursk reflete o apoio de Pyongyang a Moscou. O presidente russo, Vladimir Putin, questionou a estratégia ucraniana de manter forças na área, sugerindo que não há ganhos militares claros, mas especulou que a ação poderia melhorar a posição de Kiev em negociações futuras.
Perspectivas internacionais
O novo presidente dos EUA, Donald Trump, prometeu acabar com a guerra "em 24 horas", mas ainda não detalhou como pretende fazê-lo. Enquanto isso, a Ucrânia segue enfrentando desafios no campo de batalha e pressões internacionais.
O conflito em números
Desde o início da guerra em 2022, a Ucrânia e a Rússia enfrentaram escaladas contínuas, com perdas significativas para ambos os lados. O uso de mísseis hipersônicos e o envolvimento de tropas estrangeiras, como as norte-coreanas, destacam a complexidade crescente do conflito.
Os eventos recentes em Kursk reforçam o caráter imprevisível e perigoso da guerra, enquanto o futuro das negociações de paz permanece incerto.