Pelo menos 20 pessoas estão desaparecidas após naufrágio em Lampedusa

O naufrágio de uma pequena embarcação próxima à ilha de Lampedusa, na Itália, deixou pelo menos 20 pessoas desaparecidas, incluindo a mãe de uma criança de oito anos que sobreviveu ao incidente. A tragédia ocorreu no último dia 30 de dezembro, quando o barco, que partiu da cidade de Zuwara, na Líbia, virou ao se aproximar da costa italiana.

Detalhes do incidente

• Sobreviventes: Sete pessoas foram resgatadas, incluindo migrantes provenientes do Egito, Síria e Sudão.
• Desaparecidos: Entre os mais de 20 desaparecidos, estão várias mulheres e crianças. A mãe da criança sobrevivente ainda não foi localizada.
• Localização: O barco virou enquanto tentava alcançar a ilha de Lampedusa, um destino frequente para migrantes que buscam refúgio na Europa.

Contexto

Esta tragédia é mais uma em uma sequência de naufrágios na rota central do Mediterrâneo, que é conhecida por ser uma das mais perigosas do mundo para migrantes. Em 2024, mais de 2,2 mil pessoas morreram ou desapareceram nesta rota, segundo dados do Unicef. Quase 1,7 mil dessas mortes ocorreram na rota central do Mediterrâneo.

Impacto em crianças

• Proporção de menores: Uma em cada cinco pessoas que utilizam essa rota é criança.
• Motivações: A maioria delas foge de conflitos armados e condições extremas de pobreza em seus países de origem.

Resposta do Unicef

O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) fez um apelo urgente aos governos para:

1. Implementar o Pacto de Migração e Asilo, com foco na proteção das crianças.
2. Investir em serviços essenciais nos trajetos migratórios, incluindo:
   • Apoio psicossocial.
   • Assistência jurídica.
   • Atendimento médico.
   • Acesso à educação.
3. Abordar as causas da migração, promovendo a integração das famílias em comunidades anfitriãs e garantindo os direitos das crianças durante toda a jornada.

Apelo por ações preventivas

Este incidente reforça a necessidade de respostas internacionais coordenadas para mitigar as tragédias no Mediterrâneo. O Unicef destaca a importância de combater as causas estruturais da migração forçada e oferecer alternativas seguras para famílias que enfrentam situações extremas.