Um estudo publicado na revista Neurology destacou um padrão alimentar que ajuda a preservar a saúde cerebral. A dieta MIND, criada na Universidade de Harvard, combina elementos das dietas mediterrânea e DASH e prioriza alimentos como vegetais verdes, frutas vermelhas, peixes, grãos integrais e nozes, enquanto limita carne vermelha, industrializados e doces. Pesquisadores da Universidade de Cincinnati acompanharam mais de 14 mil pessoas por uma década e concluíram que aqueles que aderiram mais à dieta tiveram um risco 4% menor de declínio cognitivo, especialmente mulheres (6%).
Os participantes do estudo preencheram questionários sobre seus hábitos alimentares, recebendo pontuações baseadas na frequência do consumo de itens recomendados. Alimentos como grãos integrais, vegetais folhosos e feijões somavam pontos, enquanto carnes vermelhas, doces e frituras descontavam. Aqueles com maior aderência ao padrão apresentaram melhor desempenho cognitivo e maior velocidade de raciocínio.
A dieta fornece nutrientes essenciais ao cérebro, como flavonoides e ômega-3, que combatem inflamações e o estresse oxidativo, prevenindo doenças neurodegenerativas. Alimentos como nozes, sementes de chia e peixes de águas profundas são destacados por seus benefícios.
Segundo especialistas, a dieta MIND pode ser facilmente adaptada ao contexto brasileiro, substituindo espinafre por couve e aproveitando a diversidade de frutas e vegetais disponíveis no país. Além da saúde cerebral, ela contribui para o controle de peso, saúde cardiovascular e prevenção de doenças crônicas.
Reduzir ou eliminar o álcool é outra recomendação importante. O movimento "Janeiro Seco" incentiva a abstinência no primeiro mês do ano. Estudos mostram que o consumo reduzido de álcool diminui os riscos de câncer, doenças cardiovasculares e inflamações.
Políticas Públicas Especialistas sugerem que governos incentivem a alimentação saudável por meio de campanhas educativas e subsídios para alimentos nutritivos, além de incluir alimentos neuroprotetores na merenda escolar. Isso pode ter impactos significativos na prevenção de doenças neurodegenerativas.