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04/01/2025 20:00:00

Empresas brasileiras acumulam R$ 156 bilhões em dívidas em outubro, aponta Serasa


Empresas brasileiras acumulam R$ 156 bilhões em dívidas em outubro, aponta Serasa

Outubro de 2024 marcou o pior cenário de inadimplência para empresas no Brasil desde o início da série histórica do Indicador de Inadimplência das Empresas da Serasa Experian. O levantamento revelou que 7 milhões de negócios estavam inadimplentes, representando 32,3% das empresas do país, com um total de R$ 156,1 bilhões em dívidas acumuladas.

Crescimento da inadimplência

Em comparação com o mesmo período de 2023, o número de empresas negativadas aumentou em quase 500 mil, com um acréscimo de R$ 30,3 bilhões no montante de dívidas.

Das empresas inadimplentes, 6,5 milhões eram micro e pequenas, que juntas concentraram R$ 134,1 bilhões em dívidas, enquanto o valor médio por Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) foi de 7,4 contas negativas.

Fatores que influenciaram o aumento

O economista da Serasa Experian, Luiz Rabi, destacou que a alta das taxas de juros foi um dos principais responsáveis pelo aumento na inadimplência.

  • Efeitos da alta dos juros:
    • Aumento do custo de crédito, dificultando o financiamento para empresas.
    • Redução da demanda por produtos e serviços devido ao impacto dos juros sobre consumidores e outras empresas.
    • Diminuição da receita das companhias, dificultando o cumprimento de obrigações financeiras e criando um ciclo vicioso de inadimplência.

Setores mais afetados

As empresas do setor de Serviços lideraram as taxas de inadimplência em outubro, representando 56,2% dos casos. Na sequência estavam:

  • Comércio: 35,4%;
  • Indústrias: 7,3%;
  • Primário (agricultura e pecuária): 0,8%;
  • Outros (financeiro e terceiro setor): 0,3%.

Estados com maiores taxas de inadimplência

Os estados com mais empresas inadimplentes foram:

  1. Maranhão: 43% dos CNPJs no vermelho;
  2. Alagoas: 42,3%;
  3. Amapá: 40,8%.

Impactos e perspectivas

O aumento da inadimplência reflete os desafios enfrentados por empresas em um ambiente econômico de juros altos e restrição de crédito. Pequenas e médias empresas, que já operam com margens de lucro reduzidas, são as mais vulneráveis a esse cenário.

A análise reforça a necessidade de políticas econômicas que incentivem a redução das taxas de juros e ampliem o acesso ao crédito para evitar que mais empresas entrem em dificuldades financeiras.



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