Outubro de 2024 marcou o pior cenário de inadimplência para empresas no Brasil desde o início da série histórica do Indicador de Inadimplência das Empresas da Serasa Experian. O levantamento revelou que 7 milhões de negócios estavam inadimplentes, representando 32,3% das empresas do país, com um total de R$ 156,1 bilhões em dívidas acumuladas.
Em comparação com o mesmo período de 2023, o número de empresas negativadas aumentou em quase 500 mil, com um acréscimo de R$ 30,3 bilhões no montante de dívidas.
Das empresas inadimplentes, 6,5 milhões eram micro e pequenas, que juntas concentraram R$ 134,1 bilhões em dívidas, enquanto o valor médio por Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) foi de 7,4 contas negativas.
O economista da Serasa Experian, Luiz Rabi, destacou que a alta das taxas de juros foi um dos principais responsáveis pelo aumento na inadimplência.
As empresas do setor de Serviços lideraram as taxas de inadimplência em outubro, representando 56,2% dos casos. Na sequência estavam:
Os estados com mais empresas inadimplentes foram:
O aumento da inadimplência reflete os desafios enfrentados por empresas em um ambiente econômico de juros altos e restrição de crédito. Pequenas e médias empresas, que já operam com margens de lucro reduzidas, são as mais vulneráveis a esse cenário.
A análise reforça a necessidade de políticas econômicas que incentivem a redução das taxas de juros e ampliem o acesso ao crédito para evitar que mais empresas entrem em dificuldades financeiras.