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Em 2024, Alagoas registrou 254 casos de hanseníase, destacando a importância da campanha Janeiro Roxo, promovida pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesau). A iniciativa visa conscientizar a população sobre a necessidade do diagnóstico precoce, tratamento adequado e a luta contra o preconceito.
O que é a hanseníase?
A hanseníase é uma doença crônica causada pela bactéria Mycobacterium leprae. Seus sintomas incluem alterações na sensibilidade térmica, tátil e dolorosa, além de fraqueza muscular, afetando principalmente mãos, pés, olhos e outras partes do corpo. Se não tratada, pode causar incapacidades permanentes.
Transmissão e prevenção
A transmissão ocorre por gotículas de saliva em contatos próximos e contínuos com pessoas em fases avançadas da doença que não iniciaram o tratamento. Assim, é essencial examinar todas as pessoas que convivem ou conviveram com o paciente.
Raissa Teixeira, assessora técnica do Programa de Controle da Hanseníase do Estado, reforça a relevância do diagnóstico precoce. “Quando detectada no início, a doença não é transmissível. Isso interrompe a cadeia de transmissão e reduz os riscos de danos nos nervos, minimizando as chances de incapacidade”, explica.
Tratamento pelo SUS
O diagnóstico da hanseníase é feito por meio de exame clínico, e o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece tratamento gratuito. Em casos iniciais, a duração do tratamento é de seis meses, podendo se estender para 12 meses em estágios mais avançados. As Unidades Básicas de Saúde (UBS) dos 102 municípios alagoanos estão preparadas para atender os pacientes.
Janeiro Roxo: conscientização e combate ao preconceito
A campanha Janeiro Roxo, liderada pelo Ministério da Saúde em parceria com a Sociedade Brasileira de Dermatologia, busca reduzir os casos de hanseníase e combater o estigma associado à doença. Com diagnóstico e tratamento oportunos, complicações e incapacidades físicas podem ser evitadas, promovendo uma vida digna para os pacientes.
