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Economia
29/12/2024 12:00:00

Juros do cartão de crédito atingem 445,8% ao ano em novembro


Juros do cartão de crédito atingem 445,8% ao ano em novembro

De acordo com o Banco Central, a taxa de juros do crédito rotativo no cartão subiu 6,9 pontos percentuais em novembro, alcançando 445,8% ao ano, frente aos 438,9% registrados em outubro. Já os juros do crédito parcelado passaram de 180% para 183,3% ao ano no mesmo período. A taxa total do cartão, que considera operações do rotativo e parcelado, aumentou de 82,2% para 83,2% anuais.

Impacto da nova lei de juros do cartão
Desde 3 de janeiro de 2024, o Congresso Nacional estabeleceu um limite de 100% sobre o principal da dívida para os juros e encargos do rotativo e parcelado, em função da ausência de acordo entre os bancos. Apesar disso, os dados apresentados pelo BC refletem apenas cálculos estatísticos anuais e não necessariamente o juro efetivamente pago pelos consumidores, que, em geral, utilizam o crédito rotativo por dias ou semanas.

Fernando Rocha, chefe do Departamento de Estatísticas do BC, destacou que a série histórica das taxas continuará a ser publicada, pois é útil para medir a evolução dos juros e sua influência no sistema financeiro.

Crédito no Brasil: crescimento e estabilidade na inadimplência
O saldo do crédito ampliado ao setor não financeiro chegou a R$ 18,2 trilhões em novembro, representando 156% do PIB brasileiro, com alta de 1,9% no mês. Para as empresas, o crédito alcançou R$ 6,5 trilhões (55,5% do PIB), enquanto as famílias somaram R$ 4,2 trilhões (35,8% do PIB).

As operações de crédito do Sistema Financeiro Nacional (SFN) totalizaram R$ 6,3 trilhões, um aumento de 1,2% em novembro. Esse avanço foi dividido entre 1,4% no crédito às empresas (R$ 2,4 trilhões) e 1,0% no crédito às famílias (R$ 3,9 trilhões).

A taxa média de juros geral chegou a 28,6% ao ano, com aumento de 0,5 ponto percentual no mês. Para empresas, a média foi de 19,4%, enquanto, para famílias, chegou a 33%. A inadimplência manteve a tendência de queda, permanecendo em 3,1% da carteira total, enquanto o endividamento familiar recuou levemente, para 47,9%.

 



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