O acidente do voo 8432 da Azerbaijan Airlines, ocorrido na quarta-feira (25), deixou 38 mortos e 29 feridos, gerando uma investigação que agora se concentra em determinar o tipo de míssil responsável pela tragédia. A aeronave Embraer 190 tentava uma aterrissagem de emergência em Aktau, Cazaquistão, após ser atingida enquanto sobrevoava Grozny, na Chechênia.
Rashad Nabiyev, ministro do Desenvolvimento Digital e dos Transportes do Azerbaijão, declarou na sexta-feira (27) que todos os sobreviventes, incluindo cidadãos russos, relataram ter ouvido três explosões enquanto o avião sobrevoava a Chechênia.
“Os sobreviventes afirmaram, sem exceção, que os sons vinham do exterior, sugerindo um impacto externo na aeronave”, explicou Nabiyev, citando danos visíveis na asa e no interior do avião, atribuídos a impactos de objetos cortantes.
Fontes do governo azeri confirmaram que o avião foi alvo de um míssil terra-ar russo enquanto voava para Grozny. Apesar dos pedidos do piloto, a aeronave não recebeu permissão para pousar em aeroportos russos e precisou se desviar para Aktau, no Cazaquistão.
Diante do ocorrido, a Azerbaijan Airlines suspendeu voos para sete aeroportos russos, incluindo Grozny, enquanto companhias aéreas como Qazaq Air e El Al também restringiram operações para regiões russas, citando riscos associados ao espaço aéreo do país.
Autoridades russas não confirmaram as alegações de que um míssil de defesa aérea teria atingido o avião. No entanto, o chefe da aviação russa informou que um ataque de drones ucranianos estava em andamento na Chechênia no momento do incidente.
A investigação oficial, que envolve especialistas em aviação, examinará o tipo de míssil utilizado, enquanto cresce a pressão internacional para esclarecer as circunstâncias do acidente. A tragédia também levanta questionamentos sobre a segurança aérea em territórios afetados pelo conflito entre Rússia e Ucrânia.