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Nesta terça-feira (24), a Polícia Federal (PF) anunciou a abertura de um inquérito para investigar possíveis irregularidades na liberação de R$ 4,2 bilhões em emendas parlamentares. A decisão ocorre após determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino, que suspendeu o pagamento dessas emendas devido à falta de transparência.
O caso ganhou destaque em agosto, quando Flávio Dino, ainda no Ministério da Justiça, interrompeu a liberação dos recursos por falta de informações claras sobre os responsáveis e os destinos das verbas. No início deste mês, ele autorizou a retomada dos pagamentos, desde que fossem seguidas as regras de transparência.
Pedido do PSOL e suspeitas sobre Alagoas
A suspensão das emendas foi solicitada pelo PSOL, que apontou que parte significativa do dinheiro teria sido destinada ao estado de Alagoas, reduto eleitoral do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL). O partido argumentou que os critérios para a distribuição das verbas não estavam claros, levantando suspeitas de favorecimento político.
Nova suspensão e investigação
Ontem (23), Flávio Dino voltou a suspender os pagamentos e determinou a abertura do inquérito pela Polícia Federal. A investigação terá como objetivo apurar irregularidades nos processos de liberação, bem como identificar possíveis responsáveis por eventuais desvios ou mau uso dos recursos públicos.
Próximos passos
A PF investigará as alegações de falta de transparência e a eventual conexão entre os valores repassados e interesses políticos específicos. O caso segue acompanhado de perto pelos órgãos de controle e pela sociedade, considerando o impacto significativo desses recursos no orçamento público.
