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Em um movimento estratégico, os Estados Unidos removeram a recompensa de US$ 10 milhões anteriormente oferecida por informações que levassem à captura de Ahmed al-Sharaa, ex-líder do grupo jihadista Hayat Tahrir al-Sham (HTS). Essa decisão segue um acordo com o novo governo sírio, que agora trabalha para estabilizar a região após a derrubada do regime de Bashar al-Assad.
Ahmed al-Sharaa, anteriormente conhecido como Abu Mohammed al-Golani, havia sido designado como "terrorista global" pelos EUA em 2013, e a recompensa por sua captura foi estabelecida em 2017. Sua mudança de postura e esforços para romper com o passado jihadista foram fatores determinantes para essa decisão.
Após se encontrar com a secretária-assistente de Estado para Assuntos do Oriente Próximo, Barbara Leaf, Sharaa comprometeu-se a colaborar com os EUA na luta contra o terrorismo, garantindo que grupos extremistas não representem ameaças à Síria ou aos aliados regionais dos Estados Unidos.
A aliança com o novo governo sírio inclui ações conjuntas para combater células remanescentes do Estado Islâmico (EI) e minimizar a influência de potências regionais como Irã e Turquia. A secretária Leaf ressaltou que o Irã não terá participação no futuro da Síria.
Ao mesmo tempo, os EUA planejam fortalecer a independência do governo sírio, mantendo o apoio das Forças Democráticas da Síria (SDF) lideradas pelos curdos, que permanecem um pilar central no combate ao ISIS.
Esse desdobramento marca uma rara oportunidade de redefinir a posição da Síria no Oriente Médio, mas também destaca desafios significativos relacionados à reconstrução interna e à política externa. A postura dos EUA sinaliza a busca por estabilidade, enquanto o papel de Sharaa na nova liderança síria é visto como um ponto crucial para o futuro do país.
