A embaixada de Portugal em Kiev foi danificada nesta sexta-feira durante intensos ataques russos com mísseis à capital ucraniana. Embora os danos tenham sido classificados como relativamente leves e não haja vítimas entre os funcionários, o Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) condenou o incidente de forma veemente, qualificando-o como "absolutamente inaceitável".
O ministro Paulo Rangel informou que a explosão também afetou instalações diplomáticas de outros países, como Argentina, Albânia e Montenegro, todas localizadas no mesmo edifício. Portugal anunciou que apresentará um protesto formal à Rússia, com o Encarregado de Negócios russo já convocado ao MNE para tratar da questão.
Rangel destacou os riscos inerentes ao trabalho diplomático em cenários de conflito, mas frisou que ataques contra embaixadas ou sua proximidade configuram uma violação grave das normas internacionais.
Marcelo e União Europeia reforçam condenação
O presidente Marcelo Rebelo de Sousa condenou o ataque, chamando-o de "violação do Direito Internacional" por atingir "território português em plena Ucrânia". A União Europeia também reagiu com firmeza; Ursula von der Leyen qualificou o ataque como "hediondo" e expressou solidariedade a Portugal.
Kiev sob intensos ataques
Na mesma manhã, mísseis balísticos russos atingiram vários bairros da capital ucraniana, como Goloseevsky, Solomensky e Shevchenko, resultando em incêndios e destruição significativa. A defesa aérea conseguiu abater drones russos, mas ataques persistentes causaram pelo menos uma morte e sete feridos.
Regiões próximas, como Kherson e Kryvyy Rih, também foram alvo de bombardeios, com danos em residências, incêndios e múltiplos feridos.