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Acidente
20/12/2024 06:00:00

Países ocidentais intensificam medidas contra a 'frota sombra' da Rússia

Coalizão internacional age contra navios que burlam sanções e ampliam tensões geopolíticas


Países ocidentais intensificam medidas contra a 'frota sombra' da Rússia

Com o agravamento da guerra na Ucrânia, nações ocidentais adotaram ações mais rígidas para desmantelar a "frota sombra" da Rússia, composta por navios clandestinos que transportam petróleo, armas e outros bens, em flagrante violação às sanções internacionais. Essas embarcações, sem seguro de empresas tradicionais ocidentais, escapam à regulamentação e dificultam a aplicação de medidas legais.

Esforços de fiscalização

Na terça-feira (17), Kristen Michal, primeira-ministra da Estônia, declarou que navios sem seguro poderão ser interceptados ou incluídos em listas de sanções. "Se não cooperarem, poderão enfrentar proibições ou abordagens em áreas específicas", afirmou Michal, destacando que o objetivo é desarticular as operações dessa frota paralela.

Na segunda-feira (16), 12 países — incluindo Reino Unido, Alemanha, Polônia, Holanda e os Estados Bálticos — firmaram um compromisso para conter a frota clandestina. Seis deles, liderados por Reino Unido e Estônia, anunciaram fiscalizações rigorosas em pontos estratégicos, como o Canal da Mancha e o Golfo da Finlândia.

O Reino Unido sancionou 20 navios na terça-feira, enquanto a União Europeia adicionou 52 embarcações à sua lista de restrições, totalizando 79 navios proibidos.

Impacto econômico e ambiental

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, elogiou as sanções, afirmando que os lucros gerados por essas embarcações financiam a guerra da Rússia e representam sérios riscos ambientais. Recentemente, dois petroleiros da frota russa enfrentaram acidentes no Mar Negro: um naufragou, causando derramamento de óleo, e outro encalhou durante uma tempestade.

Os líderes da coalizão enfatizaram a necessidade de reforçar a legislação internacional. Jonas Gahr Stoere, primeiro-ministro da Noruega, sugeriu que o "direito de suspeita" poderia ser usado para justificar inspeções em navios de bandeira russa.

Apesar das limitações impostas pela liberdade de navegação em águas internacionais, Ulf Kristersson, primeiro-ministro da Suécia, destacou que "há limites para o que podemos tolerar".

Cenário atual

A Rússia continua ampliando o uso de navios fora do controle de seguradoras ocidentais, desafiando os esforços da coalizão. O número de petroleiros transportando cargas sem regulamentação cresceu significativamente em 2023, evidenciando a urgência de novas medidas para mitigar os riscos e conter a influência da "frota sombra".

 



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