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Acidente
20/12/2024 03:00:00

Vítimas da Braskem entram com ação judicial por novo cemitério em Maceió

Vítimas da Braskem entram com ação judicial por novo cemitério em Maceió

Com uma medida de tutela de urgência, o Movimento Unificado das Vítimas da Braskem (MUVB) entrou com uma ação civil na Justiça Federal contra a petroquímica e a Prefeitura de Maceió, solicitando a construção de um novo cemitério público na capital alagoana.

A urgência do pedido judicial se deve ao desejo do MUVB de bloquear R$ 250 milhões, parte dos recursos recentemente pagos pela Braskem à Prefeitura como última parcela da indenização de R$ 1,7 bilhão acordada no ano passado. A associação de moradores pede que esse montante seja destinado à construção do cemitério, uma vez que o afundamento do solo causado pela mineradora impactou diretamente a realização de sepultamentos na cidade, incluindo a interdição do Cemitério Santo Antônio.

“A crise funerária resulta em enterros em covas rasas, longas filas para sepultamentos e outras violações ao princípio da dignidade humana. Apesar do acordo firmado em 2023, que destinou R$ 1,7 bilhão para resolver problemas socioambientais, nenhuma ação concreta foi tomada para viabilizar um novo cemitério, conforme previsto no pacto”, argumenta o MUVB.

O movimento também reivindica compensação aos proprietários de jazigos do Cemitério Santo Antônio. A Justiça Federal determinou um prazo de 72 horas, a partir da notificação, para que a Braskem e o Município apresentem suas manifestações no processo.

Até agora, a única solução apresentada pela Prefeitura foi a ampliação do Cemitério São Luiz, no bairro Santa Amélia. A promessa de um novo cemitério público não avançou, e um projeto de cemitério vertical aprovado pelos vereadores permanece sem execução.