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Educação
18/12/2024 10:00:00

Câmara debate causas da falta de professores

No debate, o Ministério da Educação apresentou as ações que estão sendo tomadas para a valorização da carreira, assim como o diagnóstico dos desafios para equilibrar a oferta e a demanda por professores no país


Câmara debate causas da falta de professores

O Ministério da Educação (MEC), por meio da Secretaria de Educação Básica (SEB), participou de uma audiência pública na Comissão de Educação da Câmara dos Deputados para debater as causas da falta de professores no Brasil. O encontro, realizado em 12 de dezembro, foi solicitado pela deputada e professora Luciene Cavalcante (PSOL-SP) e reuniu diversas autoridades e especialistas da área.

Cenário Atual da Educação

Segundo dados do Censo Escolar de 2022, divulgados pelo Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), o Brasil possui cerca de 2,3 milhões de professores atuando na educação básica (educação infantil, fundamental e ensino médio) em escolas públicas e privadas.

Preocupações e Diagnósticos

A coordenadora-geral de Formação de Professores da Educação Básica do MEC, Lucianna Magri, destacou que a desvalorização e o apagão docente são questões que preocupam o MEC, levando o ministério a tomar iniciativas concretas ao longo de 2023.

Entre as ações mencionadas, Lucianna ressaltou a criação de um grupo de trabalho, formado por atores da sociedade civil, universidades e associações, que discutiu a formação inicial de professores. Além disso, foi elaborado o Novo Plano Nacional de Educação (PNE) 2024-2034, que está em tramitação na Câmara dos Deputados.

A coordenadora pontuou alguns desafios centrais identificados:

  • Atratividade dos jovens do ensino médio para os cursos de licenciatura;
  • Permanência e conclusão dos estudantes nesses cursos;
  • Ingresso e estabilidade nas redes estaduais e municipais por meio de concursos públicos;
  • Necessidade de uma formação adequada e de qualidade para os professores.

A Regulação dos Cursos de Licenciatura

Outro ponto relevante abordado foi a necessidade de melhoria e maior rigor na regulação dos cursos de licenciatura oferecidos na modalidade à distância. Lucianna afirmou que, embora as tecnologias sejam importantes para a formação, é essencial garantir interação e socialização na educação de professores. Ela defendeu que, pelo menos, 50% do curso deve ser presencial para assegurar uma formação mais humana e eficaz.

"A formação de professores é uma formação humana, que requer interação, socialização", concluiu Lucianna.

Participantes

Além de Lucianna Magri, a audiência contou com a presença de:

  • João Moura, coordenador-geral da Assessoria Especial de Educação e Cultura em Direitos Humanos do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania;
  • João Ribeiro, auditor federal de Controle Externo do Tribunal de Contas da União (TCU);
  • Letícia Benrdt, procuradora da República;
  • Márcia Longuinho, professora de Educação Especial da Rede Estadual de São Paulo;
  • Poliana Rezende, representante da Coordenadoria-Geral de Ações Temáticas e Diversidade do Ministério das Mulheres;
  • Rosilene Lima, secretária de Finanças da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação.

A audiência destacou a importância de ações efetivas para enfrentar a escassez de professores e garantir uma educação básica de qualidade no país, com foco na valorização da carreira docente e na melhoria da formação inicial e continuada dos profissionais.

Com informações da Assessoria de Comunicação Social do MEC.



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