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Guerra
18/12/2024 04:00:00

Israel e Hamas avançam em negociações por cessar-fogo após 14 meses de conflito

Expectativa por fim da violência cresce enquanto acordo mediado por EUA, Egito e Catar é negociado; troca de reféns e aumento da ajuda humanitária estão em pauta.


Israel e Hamas avançam em negociações por cessar-fogo após 14 meses de conflito

Após 14 meses de conflito, as negociações entre Israel e Hamas avançam em direção a um cessar-fogo, com mediação dos Estados Unidos, Egito e Catar. Segundo informações da Associated Press (AP), as partes envolvidas demonstram otimismo cauteloso, apesar de alguns pontos críticos ainda necessitarem de solução.

Pontos principais do acordo

  1. Libertação de reféns:

    • O Hamas se comprometeria a liberar cerca de 30 reféns, incluindo cidadãos com dupla nacionalidade de EUA e Israel.
    • Em contrapartida, Israel libertaria centenas de prisioneiros palestinos.
  2. Ajuda humanitária:

    • O plano prevê um aumento expressivo de ajuda humanitária à Faixa de Gaza, onde 90% da população foi deslocada devido ao conflito.
    • A passagem de Rafah, na fronteira com o Egito, seria reaberta com base em um acordo semelhante ao de 2005, quando a Autoridade Palestina e observadores da União Europeia (UE) controlavam o local.
  3. Retirada gradual de tropas:

    • Israel concordaria em retirar suas tropas de áreas densamente povoadas de Gaza, permitindo que palestinos retornem para suas casas.
    • Contudo, forças israelenses permaneceriam em locais estratégicos, como o corredor Filadélfia, na fronteira entre Gaza e Egito.
  4. Fase final:

    • O cessar-fogo inicial serviria como preparação para negociações mais amplas, incluindo:
      • Retirada total das tropas israelenses.
      • Libertação de reféns e corpos ainda em poder do Hamas.
      • Discussões sobre a reconstrução de Gaza e sobre a futura governança do território.

Mudanças no cenário político

O equilíbrio de forças mudou nos últimos meses. Israel obteve avanços militares significativos, enquanto o Hamas enfrenta isolamento político. A recente trégua entre Israel e o Hezbollah e o enfraquecimento regional do Irã aumentaram a pressão sobre o grupo.

Nos Estados Unidos, tanto o governo do atual presidente Joe Biden quanto o presidente eleito Donald Trump demonstraram interesse em concluir o acordo antes da posse em 20 de janeiro, sinalizando a relevância global do desfecho desse conflito.

Autoridades envolvidas acreditam que o acordo pode representar um passo significativo para aliviar o sofrimento das populações envolvidas e abrir caminho para negociações de paz duradoura.



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