Servidores que ocupam 12 dos 14 cargos de chefia no Instituto Médico Legal (IML) pediram exoneração em protesto contra a falta de diálogo com o governo do estado em relação às pautas da categoria. A medida pode afetar diretamente o funcionamento das atividades do instituto. Entre os profissionais que renunciaram estão médicos-legistas, odontolegistas e técnicos forenses. Com a situação, diversas funções críticas do IML podem ser prejudicadas, como a identificação por DNA, impactando diretamente as buscas por pessoas desaparecidas.
Em nota oficial, os sindicatos envolvidos pediram desculpas à população:
“Somos solidários à dor dos familiares e amigos que procuram pelos seus entes queridos, porém, infelizmente, a situação dos Policiais Científicos está insustentável. Pedimos desculpas à população pelos transtornos”.
Na última semana, os servidores realizaram uma paralisação de 48 horas cobrando do governo estadual a incorporação da Bolsa Qualificação na classe inicial de cada cargo e a correção dos percentuais de dispersão entre as classes das carreiras, buscando igualdade em relação às demais categorias da Secretaria de Segurança Pública (SSP).
No entanto, a Justiça de Alagoas decretou a ilegalidade da paralisação. A decisão determinou que os sindicatos — Sinpoal (Sindicato dos Peritos Oficiais), Sintfor (Sindicato dos Técnicos Forenses) e POLCAL (Categorias da Polícia Científica) — retornem às atividades sob pena de multa diária de R$ 5 mil, limitada a R$ 50 mil, em caso de descumprimento.
A Secretaria de Estado de Segurança Pública (SSP) informou que haverá uma reunião para tratar da situação e que, após o encontro, será divulgado um posicionamento oficial sobre os pedidos de exoneração em massa.