O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro rejeitou o pedido de prisão preventiva de quatro suspeitos envolvidos no ataque a tiros contra o turista argentino Gastón Burlon, de 51 anos. O incidente ocorreu na última quinta-feira (12), quando Burlon, acompanhado da família, entrou por engano no Morro do Escondidinho, no Rio Comprido, a caminho do Cristo Redentor, e foi baleado na cabeça e no tórax. Ele segue internado no Hospital Souza Aguiar, com estado de saúde gravíssimo.
A Delegacia de Apoio ao Turista identificou os suspeitos em 72 horas de investigação e solicitou a prisão preventiva. No entanto, o juiz Orlando Eliazaro Feitosa, de plantão no caso, negou o pedido, alegando que não havia urgência suficiente para justificar a medida durante o plantão noturno.
“No plantão noturno, é necessária a comprovação de uma urgência ‘qualificada’, ou seja, uma situação que inviabilize o aguardo da análise do pedido pelo juiz natural do processo, no próximo expediente forense regular”, justificou o magistrado em despacho publicado neste domingo (15).
Gastón Burlon foi atingido por pelo menos dois tiros, sendo um na cabeça e outro no tórax, ao entrar na comunidade por engano. O ataque ocorreu enquanto o turista se deslocava para visitar um dos pontos turísticos mais famosos do Rio de Janeiro.
A negativa de prisão causou indignação entre familiares e setores da sociedade, que pedem maior rigor no enfrentamento à violência urbana.