O Ministério da Educação (MEC), em parceria com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), lançou em 12 de dezembro o Programa Mais Conhecimento - Rede de Engajamento para o Desenvolvimento e Sustentabilidade (Redes). A iniciativa busca valorizar o conhecimento local em todas as regiões do Brasil, promovendo a formação de redes colaborativas nos Arranjos Territorializados do Conhecimento Local (ATCLs) para desenvolver soluções específicas e contextualizadas em cada território.
Os ATCLs funcionam como sistemas de produção e compartilhamento de conhecimento integrados ao território, promovendo interações entre universidades, comunidades, empresas e instituições locais.
A cerimônia de lançamento ocorreu no Palácio do Itamaraty, durante a reunião do Conselhão, com a presença do vice-presidente Geraldo Alckmin e do ministro Alexandre Padilha, além de representantes do MEC e da ministra do MCTI, Luciana Santos.
Segundo o secretário da Educação Superior, Alexandre Brasil, o Redes reforça a integração entre ensino, pesquisa e extensão, com foco na resolução de problemas regionais. Ele destacou que os projetos aprovados contribuirão para a formação acadêmica de alunos da graduação, pós-graduação e recém-formados. Já Marcelo Bregagnoli, secretário de Educação Profissional e Tecnológica, ressaltou que as redes colaborativas promovem o desenvolvimento igualitário e sustentável, fortalecendo a cidadania e reduzindo desigualdades sociais.
O programa contemplará até 50 projetos, que serão desenvolvidos por instituições de ensino superior, com a concessão de 1.050 bolsas por meio da Capes (ligada ao MEC) e do CNPq (ligado ao MCTI). As bolsas abrangem iniciação à extensão, mestrado, doutorado e estágios internacionais.
A presidente da Capes, Denise Carvalho, destacou a relevância do programa, que integra pesquisa e extensão de forma prática e colaborativa, fortalecendo o vínculo entre universidades e comunidades.
Os critérios e valores das bolsas serão detalhados em uma chamada pública, que priorizará áreas como educação, saúde, ciência e tecnologia. A seleção buscará atender ao menos 20% dos projetos por macrorregião do Brasil, promovendo uma distribuição equilibrada para reduzir desigualdades. Cada proposta deverá incluir no mínimo dois programas de pós-graduação (PPG), duas instituições da região participante, e priorizará localidades com IDH inferior a 0,7.
Essa iniciativa reforça o compromisso com o desenvolvimento sustentável e o fortalecimento das redes locais de conhecimento em todo o país.