Israel anunciou neste domingo (15) o fechamento de sua embaixada na Irlanda, citando as “políticas extremas anti-Israel do governo irlandês” como motivo. O anúncio foi feito pelo ministro dos Negócios Estrangeiros de Israel, Gideon Sa'ar, que acusou a Irlanda de ações que deslegitimam e demonizam o Estado de Israel, ultrapassando “todas as linhas vermelhas”.
A decisão ocorre após a Irlanda ter aderido, na semana passada, a uma ação liderada pela África do Sul no Tribunal Penal Internacional (TPI), que acusa Israel de genocídio. Além disso, em maio, a Irlanda foi um dos três países da União Europeia, junto com Espanha e Noruega, que declararam sua intenção de reconhecer unilateralmente o Estado palestino, o que levou Israel a convocar seu embaixador de volta.
O governo irlandês, por meio do Taoiseach Simon Harris, reagiu à decisão israelense com descontentamento. “Estou profundamente desiludido com a decisão de Israel de encerrar sua embaixada em Dublin”, disse Harris, destacando a importância das embaixadas para manter o diálogo em momentos de divergências.
Harris rejeitou as acusações de antissemitismo e afirmou que a política externa da Irlanda busca a paz, os direitos humanos e uma solução de dois Estados para o conflito israelense-palestino.
Em paralelo, Israel anunciou a abertura de uma nova embaixada na Moldova, prevista para o próximo ano, reforçando relações com países que buscam laços mais estreitos com o Estado israelense.