O preço do café, tanto do tipo arábica quanto do robusta, disparou no mercado internacional, impactando consumidores em todo o mundo, inclusive no Brasil. Entre janeiro e novembro de 2024, o custo do quilo do café moído no país subiu 33%, conforme o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). A combinação de fatores climáticos, queda na produção e a alta do dólar está por trás desse aumento, que pode persistir até janeiro de 2025.
Problemas climáticos
Secas severas e queimadas nas principais regiões produtoras prejudicaram as colheitas, resultando em uma quebra de safra significativa.
Impacto da cotação do dólar
Como o café é uma commodity precificada em dólar e negociada nas bolsas de valores, a valorização da moeda americana aumentou os preços no mercado interno brasileiro.
Demanda internacional aquecida
Com os preços internacionais atingindo o maior nível em 50 anos e subindo mais de 70% nos últimos meses, os produtores têm priorizado a exportação, reduzindo a oferta no mercado interno.
Os brasileiros têm sentido no bolso o impacto dessa valorização. O aumento dos custos, aliado à menor oferta para o mercado doméstico, está tornando o café cada vez mais caro e próximo de um "artigo de luxo".
Economistas acreditam que o preço do café pode continuar subindo até o início de 2025, caso o cenário de alta do dólar e problemas na oferta global persista.