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Mundo
14/12/2024 00:00:00

Relatório evidencia ameaças às bases dos EUA no Indo-Pacífico em eventual conflito com a China


Relatório evidencia ameaças às bases dos EUA no Indo-Pacífico em eventual conflito com a China

Um estudo do Stimson Center, think tank especializado em segurança e defesa, alerta que bases aéreas americanas no Indo-Pacífico enfrentam riscos significativos em caso de conflito com a China. Segundo a pesquisa, divulgada pela agência Reuters, ataques com milhares de mísseis chineses poderiam inutilizar pistas estratégicas, como no Japão e em Guam, por dias ou semanas.

O relatório detalha que ataques direcionados poderiam paralisar operações aéreas por até 11,7 dias no Japão e 1,7 dia em Guam. “Isso comprometeria operações de combate e o uso de pistas para reabastecimento aéreo”, destaca o documento.

Soluções propostas Para enfrentar esses desafios, o estudo sugere:

  • Investimentos em tecnologia, como drones baratos e aeronaves operáveis em pistas curtas.
  • Melhorias em sistemas de reparo rápido, como o programa Rapid Airfield Damage Recovery (RADR), que busca reativar pistas sob ataque.
  • Fortalecimento de alianças regionais, garantindo o acesso a bases alternativas em situações de emergência.
  • Defesas antimísseis, incluindo uma rede de interceptores para proteger Guam.

Especialistas divergem Embora um ex-oficial de logística da Força Aérea dos EUA elogie o relatório, ele sugere que as defesas americanas podem ser mais eficientes do que estimado. O estudo usou modelagem estatística para calcular os impactos de ataques, considerando variáveis como precisão de armas chinesas e defesas existentes.

Kelly Grieco, coautora do relatório, observa que as operações americanas dependem de uma estratégia distribuída, que espalha forças por diversas bases para mitigar vulnerabilidades. Contudo, a proximidade de bases-chave com o território chinês, como no Japão, continua sendo uma preocupação.

Investimentos militares da China Dados divulgados por Taiwan mostram que Beijing destinou mais de US$ 15 bilhões em atividades militares no Indo-Pacífico em 2023, representando 7% de seu orçamento de defesa. Esses recursos têm sido direcionados para áreas como o Estreito de Taiwan e o Mar da China Meridional.

Diante desse cenário, Washington reforça sua cooperação com Taiwan, promovendo treinamentos conjuntos para conter a expansão militar chinesa e assegurar a estabilidade regional. Apesar desses esforços, o relatório do Stimson Center expõe fragilidades operacionais que os EUA precisam enfrentar.

 



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