Isaac Sidney, presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), manifestou nesta quinta-feira (12) sua preocupação com os altos patamares das taxas de juros no país. Durante a reunião plenária do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável (CDESS), Sidney destacou a importância de entender os motivos que levaram o Brasil a essa situação e apontou a necessidade de medidas concretas para reduzir os juros e o spread bancário.
O comentário ocorreu um dia após o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central anunciar um aumento na taxa Selic, que subiu de 11,25% para 12,25% ao ano. Este foi o maior reajuste desde o início de 2022, e o Banco Central já sinalizou a possibilidade de novos aumentos no início de 2025.
Declaração do presidente da Febraban
“Muitos criticam, e com razão, eu me incluo [nesse grupo], o alto patamar dos juros e do spread bancário no Brasil. Mas a questão crucial não é se temos juros altos e sim por que chegamos nesse nível e o que precisamos fazer para que esses patamares possam efetivamente baixar”, afirmou Sidney.
Ele destacou a criação de um fórum técnico, em parceria com o governo, como uma iniciativa para discutir soluções práticas e economicamente racionais para enfrentar os custos que mais impactam a intermediação financeira no Brasil.
O aumento da Selic e os desafios relacionados aos altos juros permanecem no centro das discussões econômicas, com impactos significativos para o crédito, o consumo e o crescimento econômico no país.