Na última semana, um submarino de ataque russo emergiu no Mar da China Meridional, a oeste das Filipinas, desencadeando uma resposta imediata do exército filipino. Um navio de guerra e uma aeronave foram mobilizados para rastrear e monitorar o submarino, em um incidente que o presidente Ferdinand Marcos Jr. classificou como “extremamente preocupante”. As informações são da rede Radio Free Asia.
O Ufa, submarino da classe Kilo II movido a diesel-elétrico, foi avistado a 148 quilômetros da província de Occidental Mindoro, dentro da Zona Econômica Exclusiva (ZEE) das Filipinas. Segundo informações das forças filipinas, o submarino teria vindo da Malásia e aguardava melhorias nas condições climáticas para prosseguir sua rota até Vladivostok, no leste da Rússia.
A Marinha filipina destacou a prontidão de suas forças navais para abordar e supervisionar a embarcação estrangeira. “As forças navais escoltaram e monitoraram as operações para garantir o cumprimento das regulamentações marítimas dentro da ZEE do país”, afirmou o porta-voz das forças armadas locais.
Em declarações à imprensa, o presidente Marcos Jr. reforçou sua preocupação com a presença do submarino em território marítimo filipino. “Qualquer incursão em nossa Zona Econômica Exclusiva ou nas nossas linhas de base é motivo de grande preocupação”, declarou o líder filipino, sem fornecer mais detalhes sobre as ações futuras.
O submarino Ufa é um dos mais modernos quando se trata de se esconder e se mover sem ser detectado. Ele é equipado com mísseis Kalibr, que a Rússia tem usado com frequência em suas ações militares na Ucrânia. O modelo é projetado para operar a profundidades de até 240 metros, com capacidade máxima de 300 metros, o que faz dele uma ameaça significativa em cenários de conflito.
O incidente ocorre em um contexto de crescente atividade naval russa na região. No final de novembro, o Ufa participou de exercícios militares na Malásia antes de retornar à base de submarinos da Frota Russa do Pacífico, na Península de Kamchatka.
Nos últimos meses, a Rússia realizou manobras conjuntas com a Indonésia e exercícios de fogo real com a China, fortalecendo uma parceria estratégica com Beijing. Em julho, os dois países conduziram operações no Mar da China Meridional, consolidando uma aliança que Moscou e o governo chinês descrevem como “sem limites”.