Os contratadorpedeiros da Marinha dos Estados Unidos, USS Stockdale e USS O’Kane, interceptaram e neutralizaram com sucesso sete mísseis e drones lançados pelos rebeldes Houthis do Iêmen. O ataque, ocorrido na região do Golfo de Áden, teve como alvo navios de guerra americanos e três embarcações mercantes sob escolta. As informações são da Associated Press.
De acordo com o Comando Central dos EUA, em comunicado emitido no domingo (1º), a ação conjunta de dois navios de guerra descobertos na destruição de três mísseis balísticos antinavio, três drones e um míssil de cruzeiro antinavio.
Apesar da gravidade da operação, nenhum embarque sofreu danos e não houve registro de feridos.
Embora os navios mercantes escoltados não tenham sido identificados, a ofensiva foi rapidamente reivindicada pelos rebeldes Houthi. Na declaração, o grupo afirmou que os ataques foram direcionados a “vingança contra os EUA” e que os alvos incluíam “três navios de suprimentos pertencentes ao exército” norte-americano.
A justificativa dos Houthis para os ataques está diretamente ligada ao conflito entre Israel e Hamas, com o grupo declarando apoio ao povo palestino. Ainda assim, analistas consideram que há uma estratégia maior em jogo: enfraquecer o comércio global e reforçar a influência regional do Irã.
Os Estados Unidos lideram uma coalizão internacional, com ataques aéreos e interceptações de mísseis, tentando conter os Houthis. Mas, como reconheceu o enviado especial dos EUA ao Iêmen, Tim Lenderking, a solução não está no uso exclusivo de força militar.
“Perseguir isso traria mais anos de morte e destruição ao Iêmen, além de impactos devastadores para a economia e infraestrutura do país”, afirmou a autoridade.
O Golfo de Áden, vital para o tráfego marítimo global e por onde circulam anualmente cerca de US$ 1 trilhão em mercadorias, é uma das rotas mais vulneráveis ??a ataques, considerando a sua proximidade às zonas de conflito. O episódio ocorre em um momento delicado no Oriente Médio, em meio ao conflito entre Israel e o Hamas em Gaza e a escalada no Líbano, mesmo após o recente anúncio de cessar-fogo.
O USS Stockdale já havia se envolvido em um incidente semelhante em 12 de novembro, quando interceptou ameaças na mesma região.