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Violência
01/12/2024 15:00:00

Alagoas ocupa o 3º lugar em violência contra a mulher no Brasil

Estado registra aumento de 19,2% nos casos de violência doméstica em 2023


Alagoas ocupa o 3º lugar em violência contra a mulher no Brasil

Dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2024 colocam Alagoas na terceira posição entre os estados com maior número de casos de violência contra a mulher. Em 2023, foram registrados 2.103 episódios de violência doméstica, um aumento de 297 casos (19,2%) em relação ao ano anterior.

O principal cenário das ocorrências continua sendo a residência da vítima, com 493 denúncias formalizadas. A faixa etária mais afetada é de mulheres entre 25 e 29 anos, somando 208 casos. Entre as vítimas atendidas, 76% se autodeclararam pretas ou pardas, destacando um recorte racial significativo nos registros.

O canal Ligue 180, dedicado a denúncias, também registrou um aumento expressivo de 29,99% nas notificações em Alagoas, somando 1.036 casos até outubro de 2023. Os dados reforçam que os agressores, em sua maioria, são maridos ou ex-maridos, evidenciando o papel da violência intrafamiliar.

Campanhas e ações de conscientização


A data de 25 de novembro, Dia Internacional pela Eliminação da Violência Contra a Mulher, é marcada por iniciativas para combater o problema, como a campanha “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência Contra a Mulher”, organizada pelo Conselho Nacional de Justiça ( CNJ). Em Alagoas, atividades coordenadas pela Casa da Mulher Alagoana e pelo Tribunal de Justiça visam conscientizar e prevenir novos casos, incluindo debates e ações educativas.

A violência psicológica e o crescimento do stalking


Conforme especialistas, a violência psicológica lidera as ocorrências, muitas vezes precedendo outros tipos de agressões. Um dado em ascensão é o crime de stalking, caracterizado pela perseguição sistemática de mulheres, especialmente após o termo de relacionamentos.

Estruturas de apoio e denúncia


Mulheres vítimas de violência podem denunciar por meio da Ligue 180, que mantém sigilo sobre as informações, ou pelo 190, em casos de emergência. Após o registro, medidas como prisões e concessões de proteção são obrigações para garantir a segurança das vítimas. A Rede de Proteção, que inclui assistência jurídica e programas sociais, desempenha papel central na reestruturação das vidas das mulheres afetadas.

A Lei Maria da Penha segue como instrumento essencial, oferecendo suporte jurídico e social, como acesso a programas de moradia e emprego, além de grupos de reeducação para romper o ciclo da violência.



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