Um alagoano, natural da cidade de Maragogi, no Litoral Norte de Alagoas, foi resgatado na última semana durante uma ação do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), em parceria com outros órgãos, de uma situação de trabalho análogo à escravidão na cidade de Lauro de Freitas, no interior baiano.
Segundo o TEM, o trabalhador atuava como vigia e porteiro há 10 anos em um condomínio de galpões industriais. O homem vivia na própria guarita onde trabalhava – com alojamento improvisado e em situação precária. Além do alagoano, outros cinco trabalhadores também foram resgatados.
O trabalhador não tinha carteira assinada e recebia pagamentos informais e irregulares, além disso, não usufruía de direitos como férias e 13º salário. O alagoano tinha uma jornada de trabalho ininterrupta, já que os galpões operavam todos os dias, independente de fim de semana e feriados.
Conforme o MTE, as condições de moradias eram degradantes. A guarita servia como dormitório e cozinha – com instalações elétricas clandestinas e sem higiene adequada.
Depois do resgate, a Secretaria de Justiça e Direitos Humanos do Estado da Bahia providenciou o retorno do trabalhador à sua cidade natal, onde foi acolhido por familiares.