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Da universidade para o mercado de trabalho: a história emocionante de gestores escolares da rede estadual


Da universidade para o mercado de trabalho: a história emocionante de gestores escolares da rede estadual

Nesta terça-feira (12), Dia Nacional do Gestor Escolar, a Secretaria de Estado da Educação (Seduc) celebra e parabeniza todos os gestores da rede pública estadual pelo trabalho à frente das unidades escolares, onde atuam como o elo entre as famílias, professores e estudantes. E para homenagear esses profissionais, nada melhor do que retratar a história inspiradora dos gestores da Escola Estadual Professor Theonilo Gama, cuja trajetória começou na Universidade Federal de Alagoas, onde nasceu uma grata parceria que, hoje, contribui para uma gestão escolar humanizada, acolhedora e transformadora.

A história de Márcia e Wanderson começa em 2010, quando ele era estudante de Letras e teve a oportunidade de ser monitor em um evento no qual Márcia palestrava sobre leitura e interpretação de texto. Desde o primeiro contato, a didática da professora chamou sua atenção: com naturalidade, ela conseguia engajar toda a turma e criar um ambiente descontraído, construindo uma relação de confiança com os alunos.

Um ano depois, a coincidência - ou destino - aproximou ainda mais os educadores quando Wanderson foi designado para estagiar na escola onde Márcia lecionava, a Escola Estadual Theotônio Vilela Brandão. Ali, ele aprendeu com ela o que não se ensina nos livros: a prática de lecionar com sensibilidade. “O meu estágio com a Malafaia foi um divisor de águas na minha vida. Isso porque, nos cursos de licenciatura, não temos uma disciplina específica que trabalhe a didática em sala de aula. Então, eu só tive a oportunidade de aprender no estágio, e aprendi com a melhor pessoa”, revela Wanderson.

Após a graduação, ele retornou à Escola Theotônio Vilela como professor substituto e, ao longo dos nove anos em que lá permaneceu, consolidou ainda mais sua admiração por Márcia, chegando a vê-la como uma figura materna. “A educação nos uniu há 15 anos. Ela é sinônimo de amor. Quando olho para a Malafaia, eu vejo amor, amor pela educação. Então, levo todo esse senso de humanidade e carinho em todo trabalho que faço, porque tive a melhor mestre. Hoje, nossa relação excedeu a profissional, e ela se transformou em minha mãe de coração”, expressa, emocionado, o gestor.

Wanderson também não esconde a satisfação de ser gestor escolar, cargo que ocupa pela primeira vez, ao lado de quem o inspira. “Tem sido um prazer. Eu aprendo todos os dias com esses estudantes. Assumi o cargo há seis meses, e posso dizer que tem sido um aprendizado que nunca tive em 14 anos. Ser gestor é muito mais do que a palavra gerir. É ouvir histórias, é se sensibilizar com o contexto social dos estudantes, é ouvir as reivindicações dos pais e da família. É muito gratificante ouvir da comunidade do Jacintinho que, hoje, a Theonilo Gama é outra escola porque tem uma gestão competente”.

Educar é missão!


Márcia Malafaia, por sua vez, ressalta que, como servidora pública, vê seu trabalho como um meio de garantir a emancipação e dignidade dos jovens. “Nós, como servidores públicos, estamos aqui realmente para servir, para se doar, e isso demanda que a gente tenha um olhar humanizado, um olhar de amor. O que somos nós sem o amor? Então, estou aqui para fazer valer a ideia que a educação, necessariamente, deve ser libertadora. Ela tem que ‘esperançar’, tem que mexer, fazer movimento”, destaca.

A gestora também reforça que o aprendizado é sempre mútuo. “O professor não é o detentor do saber, mas, sim, o mediador do conhecimento. Ele é responsável por provocar reflexões e, nesse momento, ele também se indaga e aprende, como também aprendi com o Wanderson”, avalia.

Sobre o papel de gestora, que assume pela segunda vez na rede estadual, Márcia comenta que, para ela, o foco está no poder transformador da educação, independentemente do cargo que ocupa. “A minha questão com a educação não está relacionada com o cargo que ocupo, mas com a meta, com o processo, com o seu poder transformador, com seu poder democrático. Inclusive, aqui na escola, quando falta algum professor, eu dou aula. E entro na sala de aula, e a mágica acontece, porque a educação é isso. Você é sempre educador, independentemente do cargo. Esses meninos vão crescer, vão sair daqui, mas eles sempre lembrarão da maneira como foram tratados. Isso ninguém tira”, conclui Márcia Malafaia.

Fonte: Ascom Seduc



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