Prepare o bolso! A arroba do boi gordo disparou nas últimas semanas e, na última quinta-feira (7) chegou a R$ 340 em São Paulo, com média de R$ 333,25 no estado, o maior valor desde maio de 2022.
Com isso, o consumidor enfrenta a maior alta mensal do preço da carne nos supermercados e açougues dos últimos anos. E a tendência, é que os preços da carne bovina devem continuar subindo, já que o ciclo da pecuária começa a ser revertido, com uma menor oferta de animais prontos para o abate, alta das exportações e demanda aquecida pela proximidade das festas de fim de ano.
A inflação oficial de outubro, medida pelo IPCA (índice Nacional de Preços ao Consumidor) do IBGE, mostrou que os cortes registraram alta de 5,81%, com impacto de 0,14 ponto percentual no índice geral. É o segundo mês seguido de aumento e com o maior patamar desde novembro de 2020, quando a variação foi de 6,54%.
Entre os cortes que ficaram mais caros estão o acém, que subiu 9,09%, costela (7,40%), contrafilé (6,07%) e alcatra (5,79%).
A menor oferta do produto, que foi ainda agravada pela seca e o início da reversão de ciclo da pecuária, a alta da demanda interna e a elevação do volume de exportações explicam o aumento dos preços.
Em outubro, as exportações de carne bovina registraram recorde, com 301.166 toneladas. No acumulado do ano, o país já exportou 2,4 milhões de toneladas de carne, 29,9% a mais que no mesmo período do ano passado. Esse volume corresponde a cerca de 9 milhões de animais abatidos. Segundo a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), a tendência é o ano termine novos recordes.