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Acidente
27/10/2024 20:00:00

JBS e frigoríficos são multados em 364 milhões de reais pelo Ibama por carne ilegal

Agência Ambiental afirma que o gado foi criado em áreas bloqueadas por desmatamento irregular

JBS e frigoríficos são multados em 364 milhões de reais pelo Ibama por carne ilegal

O Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) impôs sanções de 364,5 milhões de reais a 23 frigoríficos, incluindo a JBS, pela venda de carne bovina proveniente de bovinos criados em regiões proibidas devido ao desmatamento ilegal.


Uma filial do grupo dos irmãos Joesley e Wesley Batista, localizada em São Félix do Xingu (PA), está entre os alvos. O valor da multa aplicada à empresa ainda não foi determinado.
Na última sexta-feira, 25, a JBS enviou nota ao jornal Folha de S.Paulo informando que “nenhuma das compras foi realizada nas áreas embargadas” e que “os imóveis estavam em total conformidade com a legislação”.


Outras empresas envolvidas são a Frizam, localizada em Boca do Acre (AM) e a 163 Beef, em Novo Progresso (PA), ambas reiteradas infratoras de leis ambientais. Segundo o Ibama, mais de 8,8 mil cabeças de gado foram apreendidas.


“Carne Fria 2”, nome da operação, resultou em 154 multas nos estados do Amazonas e Pará. A primeira fase da ação, realizada em 2017, também teve como alvo os frigoríficos do grupo JBS.
Sanções foram aplicadas a matadouros que compram gado de terras constantes da lista de embargo ambiental. O instituto afirmou em comunicado enviado ao jornal: “Aqueles que compram animais de áreas embargadas contribuem para a destruição da floresta amazônica e para os contínuos danos ambientais em áreas desmatadas ilegalmente”. Ibama multa JBS por crimes ambientais.


As ações voltadas aos frigoríficos fazem parte do combate aos crimes ambientais, como a invasão de territórios protegidos e o desmatamento ilegal. Nos últimos anos, essas ações têm se concentrado em agricultores que criam gado em áreas não autorizadas, como unidades de conservação ou terras nativas. Atualmente, o objetivo é focar no mercado de carne, ou seja, nos compradores de gado criado ilegalmente.


Nessa operação, o Ibama identificou 69 fazendas que vendem cerca de 18 mil cabeças de gado, criadas em 26 mil hectares sob embargo por desmatamento ilegal. Os agricultores também foram multados por violarem o embargo, impedirem a recuperação de florestas nativas e venderem produtos de áreas proibidas.

Após identificar os criadores, os investigadores voltaram sua atenção para os frigoríficos que comercializam a carne dessas propriedades. Os dados coletados pelo Ibama serão transmitidos ao Ministério Público Federal, que tem competência para processar as empresas envolvidas e seus respectivos gestores.


A operação foi realizada em Boca do Acre e Lábrea, no Amazonas, além de Novo Progresso, Santarém, Altamira, São Félix do Xingu, Igarapé-Açú, Portel, Anapú, Pacajá, Novo Repartimento, Ipixuna, Tomé-Açu e Bom Jesus do Tocantins, no Pará. A Polícia Rodoviária Federal e a Força Nacional deram apoio à operação, utilizando também informações de órgãos estaduais. As informações são da Revista Oeste.



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