Polícia de São Paulo indica envolvimento de 4 pessoas no ataque ao prefeito

Em coletiva de imprensa na tarde desta quinta-feira (24), o delegado Daniel Cohen, que lidera a investigação do ataque ao carro do prefeito de Taboão da Serra, José Aprigio da Silva, candidato à reeleição, disse que havia provas do envolvimento de quatro pessoas neste caso. São eles: Gilmar de Jesus Santos, 33 anos, preso no último sábado (19) em região de fronteira entre os municípios de Osasco e Barueri, Jeferson Ferreira de Souza, que ajudou na fuga, e outras duas pessoas.

Também participaram da entrevista coletiva Hélio Bressan, delegado seccional de Taboão da Serra, e Júlio Guebert, diretor do Departamento de Polícia Judiciária do Macro São Paulo (Demacro), responsável pela região que abrange a capital e municípios vizinhos.

Guebert disse que a entrevista teve como objetivo informar à imprensa e à sociedade que ainda não há um motivo claro para a tentativa de assassinato e que hipóteses não podem ser descartadas.

Guebert disse que a entrevista foi chamada para informar imprensa e à sociedade que não há ainda uma motivação clara para a tentativa de homicídio e que não se descartam hipóteses. "Não vamos deixar a polícia e seu trabalho serem usados por nenhuma das campanhas", afirmou Guebert. Segundo o diretor do Demacro, tanto a campanha do atual prefeito, Aprígio, quanto a de seu concorrente, Engenheiro Daniel, buscam explorar hipóteses na reta final, o que tem movimentado os bastidores da política local.

Segundo Bressan, não há nada conclusivo sobre o alvo de quem participou do ataque, nem sobre a identidade de quem ordenou o crime. Com Gilmar Santos foram encontrados 7,85 mil dólares em dinheiro durante sua prisão. Durante interrogatório, ele negou envolvimento no crime e atribuiu o valor à venda de um carro.

A polícia anunciou ainda que foi possível identificar alguns detalhes entre a emboscada e a fuga, realizada através de um trecho que mostrava a identificação dos suspeitos e o planejamento da movimentação necessária. Jefferson esperou pelos dois agressores e os ajudou a escapar. Há também imagens de um encontro entre os envolvidos, o que pode indicar que foi uma ação planejada. A arma do crime nunca foi encontrada ou identificada. A Secretaria de Segurança Pública confirmou que se tratava de um fuzil.

Ataque

Sexta-feira (18), por volta das 14h30, Aprigio foi atingido por um tiro que perfurou o vidro blindado do carro em que estava. Os outros três ocupantes do veículo não ficaram feridos. Todos saíam de um almoço, um compromisso de campanha, quando foram seguidos por um carro com pelo menos duas pessoas, incluindo a que foi presa no sábado.

Segundo Bressan, pouco depois, próximo à rodovia Régis Bittencourt que corta a cidade, ocorreu o ataque, aparentemente direcionado ao prefeito.

Agência Brasil